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O BTG Pactual (BPAC11) apresentou seu resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 nesta segunda-feira (10). O banco reportou um lucro líquido de R$ 3,3 bilhões no quarto trimestre de 2024, representando um crescimento de 15% frente ao mesmo intervalo de 2023. Os analistas ouvidos pelo E-Investidor dividem opiniões entre “um resultado sólido e consistente” contra “um balanço misto e levemente abaixo do esperado”.
Para o analista do BB Investimentos, Rafael Reis, o banco teve um resultado positivo favorecido pela continuidade da expansão da maior parte das franquias, tendo como contraponto alguma pressão de custos oriunda de aquisições. “Com este resultado, o BTG entrega um 2024 robusto mesmo em meio a um ambiente macro mais desafiador e um mercado marcado por volatilidade”, afirma Reis, que assina o relatório do BB.
A equipe do Itaú BBA diz que o crescimento nas receitas de empréstimos (7%) e de gestão de ativos (9%) na comparação entre o terceiro trimestre de 2024 e o quarto trimestre de 2024 fizeram as receitas do segmento subirem 34% no mesmo ciclo comparativo. No geral, eles lembram que as receitas totais cresceram 4% no trimestre, levando a uma expansão de 2% no resultado e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 23% no trimestre.
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“Embora o lucro do BTG tenha correspondido aproximadamente às estimativas do mercado, a composição foi de boa qualidade, com franquias de clientes apresentando um sólido desempenho”, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, que assinam o relatório do Itaú BBA.
Já os analistas do Goldman Sachs comentam que os números foram mistos, impactados drasticamente pelo crescimento das despesas. Eles lembram que os gastos com remuneração, administração e impostos foram todas sequencialmente maiores e acima do esperado. A equipe do banco americano também comenta que o índice de capital ficou 0,5 ponto porcentual mais fraco na comparação entre o terceiro trimestre de 2024 e o quarto trimestre de 2024, para 11,8%.
“Embora o BTG tenha continuado a mostrar a força de seu mix de receitas diversificado, achamos que os resultados foram mistos, dada as despesas mais altas e uma base de capital menor”, argumentam Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
Já a XP Investimentos diz que os números foram ligeiramente abaixo das expectativas. Apesar das dinâmicas desafiadoras nos mercados de capitais, o banco entregou mais um trimestre consistente em termos de crescimento da receita. “O banco continua avançando em novas linhas de negócios, com boa tração na captação líquida (NNM, R$ 50 bilhões no 4T), o que deve contribuir para maior diversificação e crescimento rentável”, dizem Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório da XP.
Investidor deve comprar a ação do BTG?
O consenso dos analistas é que o investidor deve comprar as ações. Para o BB Investimentos, nos últimos 12 meses, a ação BPAC11 operou predominantemente aquém do Ibovespa, apesar da sequência de entregas bastante favoráveis. Desse modo, os especialistas comentam que a ação não está precificada da forma como ela merece. O BB Investimentos tem recomendação de compra para o BTG com preço-alvo de R$ 40,00, alta de 24,5% na comparação com o fechamento de sexta-feira (7), quando a ação encerrou o pregão a R$ 32,12.
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O Itaú BBA classifica o ativo como outperform, desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra. O preço-alvo é de R$ 40,00, alta de 24,5%. O Goldman Sachs também recomenda compra e estima que a ação do BTG deve encerrar o pregão a R$ 36, alta de 12,1% em relação ao último fechamento.
“A ação está sendo negociada a 8,2 vezes no múltiplo Preço sobre Lucro (P/L), enquanto nossa meta de preço implica que a ação deve ser negociada a 9,2 vezes. Ainda assim, vemos alguns riscos na ação, como riscos de qualidade de ativos após forte crescimento do crédito nos últimos anos, enquanto o crescimento do PIB deve desacelerar; volatilidade nos resultados de vendas e negociação; (3) atividade limitada de mercado de capitais impactando os resultados do banco de investimento”, dizem os especialistas.
Já a XP Investimentos é a única que não recomenda compra. Os analistas afirmam que o desempenho financeiro de 2024 já reflete na valorização de 18% das ações nos últimos 12 meses e, por isso, a recomendação é neutra. Ou seja, investir na ação do BTG Pactual (BPAC11) pode ser uma possibilidade atrativa para o investidor, desde que ele entenda os riscos citados pelo Goldman Sachs.