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- Segundo a casa, a revisão é baseada em uma combinação de perspectiva competitiva, superexposição ao segmento de eletrônicos e eletrodomésticos e incertezas
- A expectativa da empresa é que o impacto total em seus resultados siga com um número ainda elevado de novos processos em 2022
O BTG Pactual rebaixou a recomendação das ações de Via para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 21 para R$ 8. O valor representa alta potencial de 37,93% em relação ao último fechamento. Segundo a casa, a revisão é baseada em uma combinação de perspectiva competitiva, superexposição ao segmento de eletrônicos e eletrodomésticos e incertezas com relação às provisões futuras e monetização de créditos fiscais em seu balanço patrimonial, o que, na avaliação da casa, poderia afetar a capacidade da empresa de investir no crescimento de sua operação.
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“Embora a Via tenha seguido os principais players e investido em níveis de serviço para redução de tempo e custo de entrega, o que poderia ajudar a empresa em termos de competitividade para atrair consumidores e vendedores para sua plataforma, ainda vemos um cenário desafiador no curto prazo, com uma base comparativa mais difícil em relação ao ano passado, um cenário mais competitivo para o e-commerce e as provisões recentemente anunciadas esperadas para os próximos anos”, escrevem os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini.
Os analistas pontuam que, em novembro, a Via anunciou um aumento de 32% no valor médio das contingências no terceiro trimestre de 2021 em relação aos demais períodos e um aumento de 82% nas contingências no primeiro semestre de 2021. “A combinação dos dois fatores levou a empresa a rever sua política, resultando em um aumento de R$ 1,2 bilhão nas provisões trabalhistas, um total de R$ 2,5 bilhões”, comentam. “Enquanto isso, a Via tem R$ 9,5 bilhões em créditos tributários em seu balanço que espera monetizar para compensar o aumento nas provisões trabalhistas”, acrescentam.
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A expectativa da empresa é que o impacto total em seus resultados siga com um número ainda elevado de novos processos em 2022, mas com tendência de queda das adições líquidas, atingindo provisões trabalhistas de 0,7% da receita líquida em 2024. Já em relação quanto aos principais riscos, a casa acredita que sejam deterioração do cenário macro, aumento da concorrência no varejo tradicional e e-commerce e execução.