As incertezas macroeconômicas, como a inflação norte-americana acima das expectativas e a alteração da meta fiscal do Brasil de 2025, azedaram o humor dos investidores de bolsa em abril. Os eventos negativos foram os responsáveis pela queda de 1,7% do Ibovespa no acumulado mensal. Nem as estratégias dos bancos e corretoras foram capazes de driblar a aversão ao risco dos mercados.
Segundo o aplicativo Grana Capital, as oito principais carteiras analisadas pela plataforma apresentaram perdas superiores ao IBOV. Em abril, as empresas mais indicadas nas oito carteiras elegíveis foram: Vale (5 menções), e Cyrela, Itaú, Petrobras e Weg com 4 citações cada.
Na visão do CEO da Grana Capital, André Kelmanson, o resultado reflete os desafios dos analistas na escolha dos ativos em um momento marcado por eventos geopolíticos e econômicos.“As queridinhas do mercado Petrobras e Vale ajudaram o Ibovespa, mas os demais papéis tiveram dificuldade de enfrentar as incertezas sobre os juros nos EUA e riscos geopolíticos no Oriente Médio”, disse Kelmanson.
No geral, entre os papéis indicados pelas corretoras, dez apresentaram perdas expressivas em abril que comprometeram a performance dos diferentes portfólios: Usiminas (-20,98%), Arezzo (-10,25%), Cyrela (-18,60%), Gerdau PN (-17,75%), Cruzeiro do Sul (-15,90%), Grupo Mateus (-15,20%), Multiplan (-10,55%), Localiza (-10,33%), Iguatemi (-10,25%) e Copasa (-10,10%).
A carteira Top 10 da Ágora foi a que teve as menores perdas (-3,04%) com a ajuda de ações que mostraram valorização: Petrobras PN (+12,47%), JBS (+9,02%), Vale (+4,04%) e Weg (+3,53%). Mas insuficiente para compensar as perdas com: Usiminas PNA (-20,98%), Localiza (-10,33%), Itaú (-9,43%), Suzano (-8,63%), Copel PNB (-5,51%) e Sabesp (-4,58%).
Veja o desempenho das oito carteiras analisadas e quanto teria rendido uma aplicação de R$ 100 mil em cada um delas: