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CCR e Ecorodovias caem após reajuste de concessões; veja a análise

Empresas assinaram termo que reconhece o desequilíbrio econômico-financeiro gerado por congelamento de pedágio

CCR e Ecorodovias caem após reajuste de concessões; veja a análise
Ecorodovias assina termo para reequilíbrio econômico em SP. Foto: DNIT
  • Ações de concessionárias negociaram em queda na manhã desta sexta-feira
  • Empresas assinaram Termo Aditivo e Modificativo (TAM) com o governo de SP

Abel Serafim, especial para o E-Investidor – As ações de CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) de rodovias negociaram em queda na manhã desta sexta-feira (19), depois de assinarem termos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão no Estado de São Paulo. Às 12h35, os papeis de CCR operavam em baixa de 1,41%%, cotadas a R$ 14, enquanto as ações da Ecorodovias apresentava baixa mais expressiva de 3,26%%, a R$ 6,23. No mesmo horário, o Ibovespa caia 1,97%%, a 111.574 pontos.

“Independente da notícia, que não interfere no mercado, podemos ver a CCR em uma região nítida, na qual o preço na faixa de R$ 14 não consegue ultrapassar e volta a cair. Já sendo a quinta vez consecutiva acontecendo a mesma coisa. Logo, o mercado pode reagir de forma negativa não ao acontecimento, mas sim pela região de preço”, afirmou Eduardo Melo, especialista em finanças e CEO da Prime Investe.

“Já em Ecorodovias podemos ver uma forte movimento de queda nas últimas semanas e uma subida para continuar a queda, podendo voltar à casa dos R$ 5”, completou Melo.

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A CCR informou que assinou o Termo Aditivo e Modificativo (TAM) coletivo entre o Estado de São Paulo e as concessionárias das rodovias paulistas concedidas e integrantes do Grupo CCR. O acordo tem como objetivo reconhecer o desequilíbrio econômico-financeiro gerado pela decisão do governo de congelar, temporariamente, o valor vigente das tarifas de pedágio.

Além disso, o termo busca promover o reequilíbrio diante da frustração da receita bruta causada pelo não repasse do reajuste das tarifas quilométricas de pedágio referente à variação do indexador dos contratos em 2021 e 2022.

Na terça-feira, o mercado também foi pego de surpresa com a inesperada renúncia de Marco Antonio Souza Cauduro do cargo de diretor-presidente da CCR. O pedido se deve a questões de foro pessoal, segundo a companhia.

Cauduro deixou o cargo após dois anos e meio, tendo como marcas de sua gestão o novo contrato da Dutra (CCR RioSP), as linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), os 15 aeroportos da sexta rodada e o Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte-MG.

Ecorodovias

A Ecorodovias e suas controladas Ecorodovias Concessões e Serviços, Ecovias dos Imigrantes e Ecopistas assinaram o Termo Aditivo Modificativo (TAM) Coletivo nº 02/2022 com o Estado de São Paulo e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para disciplinar o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.

Segundo comunicado da companhia, o reequilíbrio ocorrerá por meio de pagamentos bimestrais, a serem realizados pelo poder concedente às concessionárias no último dia útil dos meses de agosto, outubro e dezembro de 2022, relativo ao montante da receita que deixou de ser arrecadado com pedágios de 1º de julho a 15 de agosto, de 16 de agosto a 15 de outubro, e de 16 de outubro a 15 de dezembro de 2022.

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O TAM Coletivo ainda prevê que o reajuste das tarifas de pedágio de 11,7% será aplicado até 16 de dezembro de 2022.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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