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A Copel (CPLE6) reportou lucro líquido de R$ 575,2 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 39% na comparação com o resultado do quarto trimestre de 2023. Os números dividem os analistas do mercado financeiro: alguns consideram o balanço fraco, mas outros enxergam números positivos em relação ao pagamento de dividendos da empresa.
Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, as receitas da Copel superaram a projeção estimada por eles em função dos maiores volumes e tarifas médias. Segundo ele, apesar das despesas também terem sido pouco superiores ao que se estimava, a obtenção de custos de pessoal, material, serviços e outros (PMSO) foi melhor que o esperado. Arbetman lembra que a queda com despesas de pessoal permitiu que a companhia reportasse um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) superior frente às expectativas da corretora.
“Acreditamos que os resultados já dialogam com o fato de a Copel ter se tornado uma empresa de capital disperso e que os desdobramentos positivos deste processo ainda não se encontram totalmente valorados em seus múltiplos”, diz Ilan Arbetman,. A corretora observa ainda que vê o anúncio de dividendos da Copel de R$ 1,3 bilhões como um adicional que agrada a tese de investimentos da empresa.
Lucro da Copel foi abaixo do esperado
O lucro da Copel no 4T24 também não atingiu a estimativa de R$ 593 milhões do Citi, com as despesas financeiras maiores que o esperado. Segundo informações do Broadcast, o banco afirma que o balanço foi mais fraco que o estimado.
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“O desempenho abaixo do esperado ocorreu, principalmente, pelo Ebitda de geração mais baixa, 15,9% menor que a previsão, impactada por preços médios de energia menores e efeitos de restrição na geração eólica”, destacam os analistas João Pimentel e Felipe Lenza, em relatório.
Os analistas ressaltam também que o pagamento da concessão da Foz do Areia, Segrego e Salto Caxias foi o principal responsável pelo salto do endividamento (alavancagem) da empresa nos últimos três meses do ano. O Citi pondera, no entanto, que a Copel está se transformando em uma empresa com sólidos e recorrentes pagamentos de dividendos..
Ou seja, mesmo com os resultados fracos, pode-se aportar no papel pela tese de investimentos dos dividendos. A Ativa tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 11,00 para o fim de 2025, uma potencial alta de 8,1% em relação ao fechamento de quinta-feira (27), quando a ação encerrou o pregão a R$ 10,18. O Citi tem recomendação de compra para Copel (CPLE6), cujo preço alvo é de R$ 13, representando um potencial de valorização de 27,7% em relação ao último fechamento.
*Com informações do Broadcast
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