Cosan (CSAN3) afunda 18% após aporte de R$ 10 bilhões de fundos do BTG Pactual
O controlador, Rubens Ometto, permanece como sócio majoritário, com 50,01% de participação nas ações ordinárias, e mantém sua posição como presidente do conselho
As ações da Cosan(CSAN3) operam em forte baixa nesta segunda-feira (22) após a companhia anunciar um aporte de R$ 10 bilhões via fundos do BTG Pactual e da empresa de investimentos Perfin. Próximo das 11h00 (de Brasília), os papéis tinham queda de 18,67%, a R$ 6,10%.
O aporte acontece para aliviar o endividamento da Cosan. No fim do ano passado, a empresa tinha dívidas de R$ 23,5 bilhões e prejuízo de R$ 9,4 bilhões, para uma receita anual de R$ 44 bilhões.
Segundo informações da Cosan, o anúncio reduziu o endividamento da companhia em 57%. Os novos sócios, conhecidos por terem capacidade de investimento e “alinhados com o longo prazo”, entram no negócio por meio de uma oferta primária de ações.
O controlador, Rubens Ometto, permanece como sócio majoritário, com 50,01% de participação nas ações ordinárias, e mantém sua posição como presidente do conselho. Já BTG e Perfin ingressam com participação combinada de 49,99%. Os três sócios firmaram acordo de acionistas e em conjunto passam a deter 55% do capital social da Cosan. Para Ometto, a transação “mostra nossa capacidade de se readaptar e a nossa preocupação com a perenidade do grupo.”
“A Cosan tem um histórico de parcerias bem-sucedidas, que foram fundamentais para o seu crescimento ao longo do tempo”, afirmou Ometto, em nota.
“Estou certo de que este movimento vai reforçar essa trajetória. Ter o BTG e a Perfin como sócios me dá grande satisfação e a segurança de que estaremos bem posicionados ao longo dos próximos anos para seguirmos investindo no desenvolvimento do país”, completou.
Pelo acordo, os controladores, os family offices Aguassanta e Queluz, ligados à família Ometto, e os veículos de investimento do BTG e da Perfin colocarão R$ 7,25 bilhões a um preço por ação de R$ 5. Haverá ainda outra oferta, de R$ 1,8 bilhão, cujo valor das ações será conhecido em 30 de outubro. Os acionistas que aderirem à oferta não poderão vender metade das ações da Cosan (CSAN3) compradas por dois anos.