

As ações da Embraer (EMBR3) sobem ao longo da sessão desta quarta-feira (23) após a companhia registrar um novo recorde histórico ao divulgar os dados da sua carteira de pedidos referente ao primeiro trimestre deste ano. Na noite de terça-feira (22), a empresa brasileira reportou um crescimento de 25% no número de aeronaves encomendadas em comparação aos meses de janeiro a março de 2024. Os pedidos representam um total consolidado de US$ 26,4 bilhões para o período.
Às 11h30 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam 3,33%, sendo negociadas a R$ 63. Os ganhos refletem o entusiasmo dos investidores com os números que indicam um crescimento sólido da companhia. Os segmentos de aviação executiva e de defesa foram os que apresentaram os melhores resultados com aumento anual de 66% e de 73%, respectivamente.
Segundo o BTG Pactual, esse volume significativo surge em um trimestre geralmente mais fraco para a indústria de fabricantes de aeronaves, tanto em entregas quanto em vendas. “De forma geral, a empresa apresentou uma carteira de pedidos robusta, apesar de um trimestre mais fraco em termos de entregas”, informou o banco em relatório. Por essa razão, o BTG tem uma recomendação de compra para os ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer (EMBR3) com um preço-alvo de US$ 65, o que representa um potencial de valorização de 52,2% para os próximos 12 meses com base no fechamento do pregão de ontem.
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“Vemos a empresa sendo negociada a 10x EV/EBITDA, o que consideramos atrativo diante do que esperamos ser uma sequência de trimestres fortes”, diz o BTG Pactual. O Citi também compartilha da mesma visão e reiterou a recomendação de compra para os ADRs da empresa brasileira, com um preço-alvo de US$ 55. Para o banco, os números de pedidos da Embraer foram bastante animadores por mostrarem a força dos segmentos de Defesa e Jatos Executivos, que têm potencial de um crescimento sólido no longo prazo.
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Já a XP classificou os resultados operacionais como neutros e destacou os desafios na cadeia de suprimentos enfrentados pela Embraer no primeiro trimestre que limitaram as entregas de jatos comerciais no período. No primeiro trimestre, a companhia reportou ao mercado a entrega de 30 aeronaves, sendo 7 aviões comerciais e 23 jatos executivos.
“Acreditamos que o mercado espera anúncios em um futuro próximo para que a Embraer mantenha um nível saudável na relação entre valor dos pedidos com as entregas (book-to-bill), especialmente na frente comercial”, disseram os analistas Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes. Por essa razão, a corretora mantém recomendação neutra para as ações da Embraer (EMBR3).
Com informações do Broadcast