O grande balizador para os negócios no exterior nesta sexta-feira foi a divulgação, logo cedo, do relatório oficial de empregos nos Estados Unidos – o payroll.
Segundo os dados, foram criados 315 mil novos postos de trabalho no mês de agosto por lá, um número bem próximo da previsão, enquanto o salário médio por hora avançou menos do que o esperado e a taxa de desemprego subiu a 3,7%, ante expectativa de 3,5%.
A reação imediata dos mercados foi positiva, pois em tese os números sugerem algum alívio na inflação e um mercado de trabalho menos pujante que nas leituras anteriores, ambos dados que corroboram com uma postura menos austera do Fed no encontro de política monetária agora em setembro (ou, em outras palavras, um aumento de 0,50 pp seria mais provável do que 0,75 pp).
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De qualquer forma, esse movimento durou pouco e os principais índices acionários voltaram a refletir as preocupações dos investidores e, com isso, as bolsas de Nova York encerraram o dia no vermelho.
Por aqui, no entanto, o Ibovespa voltou a trabalhar na contramão do exterior, e encerrou a sessão em alta de 0,42%, aos 110.864 pontos e giro financeiros de R$ 37,7 bilhões – bem acima da média recente. Ainda assim, na semana, o principal índice da B3 acumulou perda de 1,28%. No mercado de câmbio, o dólar recuou 1,02% frente ao real, encerrando a sessão cotado aos R$ 5,18.
É válido notar que nos últimos minutos do pregão o apetite dos investidores diminuiu, refletindo alguma cautela antes do feriado nos Estados Unidos na próxima segunda-feira, que manterá os mercados fechados por lá e, provavelmente, reduzirá bastante a liquidez global.
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