A terça-feira (2) foi negativa para as bolsas americanas e europeias, que encerraram em sua maioria em queda. A busca por proteção está ligada a discursos de integrantes do Federal Reserve chamando a
atenção para um contexto de inflação forte ainda presente e, portanto, da necessidade de se seguir com o aperto monetário. Também está no radar a cautela com o quadro geopolítico, com foco na visita à Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Neste contexto, o dólar subiu diante da maior parte das moedas de emergentes, inclusive o real, e de divisas fortes. No Brasil, logo pela manhã, o destaque na agenda local foi a divulgação da produção industrial de junho. O indicador recuou 0,4% na variação mensal, ligeiramente abaixo da expectativa dos analistas (-0,3%).
Quanto ao Ibovespa, o índice foi embalado pela força de ações ligadas às commodities e de papeis do
setor financeiro, mostrando folego ao longo do dia e se firmando acima dos 103 mil pontos, na
contramão dos pares americanos. As commodities metálicas deram uma esticada significativa nos
ganhos, com Vale no destaque e sendo seguida pelas demais empresas correlatas.
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O petróleo fechou em leve alta, um dia antes da reunião da OPEP+, que não deve aumentar sua meta de produção, apesar do aperto no mercado. Neste contexto, ao final do pregão, o Ibovespa era negociado aos 103.362 pontos, com alta de 1,11% e giro financeiro de R$ 25,2 bilhões. O dólar, por sua vez, encerrou com alta de 1,94%, cotado aos R$ 5,28. Os juros futuros encerraram a sessão regular em alta firme, refletindo uma realização de lucros puxada pela piora do câmbio e abertura da curva americana, por sua vez conduzida pelo ajuste nas expectativas sobre o plano de voo do Federal Reserve (Fed). Na agenda desta quarta-feira, destaque para a reunião do Copom.