O grande destaque da sessão nesta sexta-feira foi a publicação do relatório de emprego nos EUA (payroll). Em setembro, foram criados 336 mil postos de trabalho, resultado muito forte e bem acima do consenso da Bloomberg, de 170 mil. No entanto, o salário médio por hora ficou levemente abaixo do previsto, e a taxa de desemprego permaneceu inalterada em 3,8%, ante expectativa do consenso de 3,7%.
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Após a publicação, a resposta nos mercados foi imediata, com alta dos rendimentos dos treasuries e queda dos ativos de risco. A percepção era que o mercado de trabalho aquecido dificulta o trabalho do FED no combate à inflação e que mais altas de juros serão necessárias.
Ao longo do dia, no entanto, em um movimento de certo modo até surpreendente, os mercados acionários migraram para o território positivo, com forte impulso das bolsas de Nova York levando a recuperação do Ibovespa. Após queda superior à 1% ao longo do dia, a bolsa local seguiu os pares norte-americanos e fechou em alta de 0,78%, aos 114.170 pontos e giro financeiro de R$ 23 bilhões, respaldado pela boa alta das ações de bancos, Vale e Petrobras. No câmbio, o dólar encerrou em leve queda de 0,14%, aos R$ 5,16.
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Neste contexto, a agenda econômica da próxima semana reserva dados de inflação no Brasil, com o IPCA de setembro. Nos EUA, saem a ata da última reunião do FOMC e os dados de inflação ao consumidor e produtor.
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