Nesta sexta-feira, o principal direcionador para os ativos no exterior foi a divulgação do relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA. Estes números do mercado de trabalho reforçaram o pessimismo dos agentes sobre o aperto monetário nos EUA, com destaque para a inesperada queda na taxa de desemprego de 3,7% para 3,5%, ante consenso de estabilidade. A chance de mais uma elevação de 75 pontos base nos juros na reunião de novembro subiu após a divulgação dos dados, na medida em que o mercado de trabalho é visto como uma das principais fontes de pressão sobre a inflação.
A reação dos ativos foi de aversão ao risco, com bolsas em queda, dólar e rendimento dos treasuries em alta. Em relação ao petróleo, a commodity deu sequência à alta e se encaminhou para os maiores ganhos semanais no mercado futuro desde fevereiro, ainda em função dos riscos à oferta e corte na produção da OPEP+. No Brasil, com a pressão externa e após cinco pregões de alta, o Ibovespa também encerrou no campo negativo. Assim, ao final do pregão, o índice era negociado aos 116.375 pontos, com recuo de 1,01% e giro financeiro de R$ 36 bilhões.
O câmbio acompanhou a valorização do dólar no exterior. Após a moeda tocar a máxima de R$ 5,25, o avanço perdeu força com entrada de fluxo. Ao final da sessão, o dólar vs. real tinha alta de 0,05%, cotado a R$ 5,21. Quanto aos juros, apesar da pressão do câmbio e dos treasuries, os juros futuros hoje operaram estáveis em toda a curva.
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