No exterior, o sentimento de cautela voltou a prevalecer nesta quarta-feira. As preocupações com o ritmo de crescimento das principais economias ao redor do mundo seguem impactando os negócios. Hoje pela manhã, os investidores avaliaram a revisão baixista de PIB mundial realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A expectativa de crescimento mundial foi cortada de 4,5% para 3%.
Além disso, na véspera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), o mercado digeriu dados econômicos da Alemanha mais fracos do que o esperado. A produção industrial alemã avançou 0,7% em abril na variação mensal, abaixo do consenso de mercado (+1%). Assim, as bolsas europeias encerraram em queda. Nos EUA, os investidores estão em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI). Enquanto isso, a busca por proteção prevalece e é justificada pelos temores de estagflação no mundo.
O dia ainda foi marcado pela valorização da moeda americana, queda dos principais índices acionários e os rendimentos dos treasuries avançam. No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo encerram em alta, com os investidores digerindo os dados de estoques nos Estados Unidos.
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No Brasil, além do exterior negativo, a persistente preocupação de investidores com o rumo das contas públicas, enquanto o governo luta para conter os preços dos combustíveis e os ruídos entre o executivo e o judiciário desestimularam a busca por risco.
Desta forma, a bolsa consolidou trajetória de baixa durante a tarde com perdas em Vale, siderúrgicas, Petrobras e bancos. Ao final do pregão, o índice era negociado aos 108.368 pontos, com queda de 1,55% e giro financeiro de R$ 22,4 bilhões.
O dólar vs. real, por sua vez, fechou em alta de 0,33%, cotado aos R$ 4,89. Na agenda desta quinta-feira, destaque para a decisão do BCE e para a divulgação do IPCA de maio no Brasil. Quanto ao BCE, é esperado que a instituição mantenha os juros inalterados, mas sinalize o fim das compras de ativos e abra caminho para aumento nas taxas básicas de juros na reunião de julho.
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