O destaque da sessão de hoje foi a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que decidiu manter suas taxas de juros inalteradas. Apesar da manutenção, a instituição deixou claro o compromisso de elevar as taxas em julho e em setembro. Além disso, a autoridade monetária cortou significativamente as projeções para o crescimento do PIB da zona do euro este ano e no próximo, e estimou que a inflação ficará acima da meta de 2% até pelo menos 2024.
Além disso, a Presidente do BCE não descartou um aumento de 50 pontos-base em setembro. Assim, o dia foi de cautela entre os investidores com o mercado renovando preocupações com a economia da China, que anunciou uma nova etapa de lockdowns em algumas cidades. Nesse ambiente de incertezas sobre o crescimento econômico global, as bolsas da Europa fecharam em queda. Nos Estados Unidos, um dia antes da divulgação do CPI (dado de inflação americano), as bolsas em Nova York também fecharam em queda com as ações de tecnologia liderando as perdas.
Aqui no Brasil, os investidores começaram o pregão desta quinta-feira com a notícia da divulgação do IPCA de maio, que avançou 0,47%, ficando bem abaixo da mediana das estimativas (0,60%), trazendo alívio para a curva de juros. Embora tenha sido uma surpresa positiva, analistas ponderam que os preços de abertura seguem em níveis elevados e que a surpresa com o índice não altera as expectativas de desinflação lenta nos próximos meses.
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Assim, pressionado pela cautela no exterior, o Ibovespa fechou com queda de 1,18% aos 107.094 pontos com giro financeiro de R$ 25,8 bilhões. O dólar, por sua vez, se firmou em alta e fechou cotado aos R$ 4,92 com valorização de 0,52%, em linha com o comportamento da moeda americana frente a divisas emergentes e ligadas a commodities. Na agenda econômica desta sexta-feira, além do índice de preços ao consumidor nos EUA, serão divulgados os dados das vendas no varejo de abril aqui no Brasil.