A divulgação do índice de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, acima do esperado, desencadeou uma onda de aversão ao risco global e a maioria dos mercados encerrou a sessão desta sexta-feira em queda acentuada.
O dado, divulgado ainda antes da abertura dos negócios, mostrou uma inesperada alta de 1% para o mês de maio, contra uma expectativa de 0,7%, reforçando os temores sobre uma mudança na condução da política monetária do Fed já na próxima quarta-feira – relembrando que, em sua última ata, a instituição via como adequado aumentos de juros 0,50 pp para a reunião de junho e julho, enfatizando porém que acompanharia de perto a evolução dos indicadores econômicos.
Dito isso, foram poucos os ativos que perfomaram bem hoje, sendo que em alguns momentos da sessão nenhuma ação do Ibovespa figurava no campo positivo.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Nos índices norte-americanos o movimento foi ainda mais forte, com o Nasdaq recuando mais de 3%, devido à sua maior exposição aos ativos de tecnologia, cujos impactos dos juros são mais perceptíveis em termos de valuation. No Brasil, nem mesmo a surpresa positiva com as vendas no varejo no mês de abril foi o suficiente para reverter o pessimismo externo.
Assim, ao final do dia, o Ibovespa marcava 105.481 pontos, em queda de 1,51%, em meio ao giro financeiro de R$ 30,3 bilhões (acima da média da semana). Como resultado, o Ibovespa registra agora seis pregões consecutivos em queda, e acumulou perdas de 5,06% somente essa semana.
No mercado cambial, refletindo a maior busca por segurança, o dólar avançou frente a maioria das divisas internacionais, terminando em alta de 1,49% aqui no Brasil, aos R$ 4,988. Na próxima semana, destaque absoluto para as decisões de política monetária do Fed e do Copom, ambas na quarta-feira (15).
Publicidade