No exterior, a quinta-feira foi marcada pela divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos. A deflação em julho até renovou o apetite por risco dos investidores logo pela manhã, cujos negócios já tinham sido embalados ontem pela desaceleração da alta dos preços ao consumidor e alívio nas apostas de alta mais agressiva por parte do Fed.
No entanto, ao longo da tarde, a euforia dos investidores perdeu força e as bolsas europeias e americanas encerraram sem um sinal único. A verdade é que o resultado do PPI teve pouca interferência nas apostas de elevação de 0,5 p.p. dos juros pelo Federal Reserve na reunião de setembro.
No Brasil, logo pela manhã, os investidores avaliaram a pesquisa mensal de serviços de junho. O indicador avançou 0,7% na variação mensal, resultado melhor do que o previsto pelos analistas (+0,4%). Para os mercados domésticos, ainda que a primeira resposta ao PPI tenha sido positiva, ganhos acumulados na bolsa e no real nos últimos dias, induziram a uma realização de lucros na sessão de hoje. O Ibovespa perdeu sustentação ao longo da tarde e passou a operar em baixa, após abrir em busca da oitava alta consecutiva.
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Ao final do pregão, o índice era negociado aos 109.718 pontos, com queda de 0,47% e giro financeiro de R$ 35 bilhões. A aceleração da queda das ações da Petrobras foi determinante para a virada do índice, que já estava perdendo fôlego, com investidores embolsando lucros nos papeis dos setores imobiliário e de varejo. Quanto ao dólar, o dia foi de alta da moeda americana contra o real. Ao final da sessão, o dólar subia 1,44%, encerrando a R$ 5,16 em função de cautela com riscos fiscais no país.
No que se refere ao petróleo, os contratos futuros fecharam em alta. A commodity foi impulsionada pela divulgação dos relatórios de Agencia Internacional de Energia (AIE) e Organização de países exportadores de petróleo (OPEP). Na agenda desta sexta-feira, destaque para a leitura preliminar de agosto do sentimento do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan.