A última sessão da semana foi novamente negativa para o Ibovespa, com IPCA de julho acima do esperado, exterior mostrando sinais mistos e commodities em alta. Apesar da inflação oficial do país superar as estimativas, a abertura do indicador trouxe uma leitura benigna, com itens mais sensíveis ao ciclo econômico mostrando uma melhora gradual, e alimentando expectativas de que o Banco Central possa acelerar o ritmo de queda da Selic.
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Após o dado, as apostas de uma redução de 0,75 ponto porcentual já em setembro cresceu para 45%, num quadro praticamente dividido com a chance de 0,50pp, que é a indicação do Banco Central. No entanto, mesmo diante dos sinais positivos do IPCA, o Ibovespa confirmou a nona queda consecutiva, recuando 0,24% aos 118.065 pontos, com giro financeiro de R$ 25,5 bilhões.
Na semana, o índice acumulou perda de 1,21%. No câmbio, o dólar teve avanço frente ao real, de 0,45%, cotado a R$ 4,90 e nos juros os movimentos foram mistos nos vértices da curva a termo, com fechamento dos vencimentos curtos e médios e abertura dos vértices mais longos, acompanhando os Treasuries americanos que também avançaram na sessão.
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No exterior, a chance de uma alta de 0,25pp nos juros pelo Federal Reserve na decisão de setembro teve modesto aumento após o avanço do PPI (inflação ao produtor) acima do esperado.
E por um momento, a aversão ao risco por parte dos investidores se intensificou – porém o aumento inesperado do sentimento do consumidor e o alívio nas projeções de inflação pela Universidade de Michigan devolveu fôlego para os mercados.
Neste ambiente, os índices de Nova York encerraram o dia exibindo sinais mistos. Já na Europa, os mercados acionários recuaram, diante da expectativa de mais aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE), após dados mais fortes que o esperado no Reino Unido, além da pressão adicional após o PPI americano.
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