A sessão desta quarta-feira começou positiva para os mercados globais com a leitura do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), que apontou para uma desaceleração maior que o esperado (alta de 0,1% em relação à fevereiro, ante expectativa de 0,2%) e deu novo impulso momentâneo ao apetite ao risco dos investidores globais.
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O ímpeto altista só não foi maior por conta da persistência do núcleo de inflação que, apesar de ter vindo em linha com as expectativas e ter atingido o nível mais baixo em quase dois anos, consolidou uma aceleração na variação anual ante o mês anterior. O núcleo da taxa subiu 5,6% na comparação anual, ante registro de 5,5% em fevereiro.
Porém, no final da tarde, a leitura da ata do FED trouxe volatilidade aos índices de Nova York, invertendo o sinal das bolsas americanas, que acabaram encerrando o dia no campo negativo. Na ata, o Fed projeta que os Estados Unidos deverão passar por uma “recessão leve”, que deverá se iniciar no fim deste ano, em resposta aos “efeitos econômicos dos recentes desdobramentos do setor bancário”, seguida de uma recuperação nos dois anos seguintes.
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Alguns dirigentes observaram que, dada a inflação persistentemente alta e a força dos dados econômicos recentes, eles teriam considerado um aumento de 0,50 pp nos Fed Funds como apropriado, se não fossem os problemas recentes no setor bancário. Na ocasião, o Comitê elevou a taxa em 0,25 pp.
Por aqui, após forte alta do petróleo de 1,95%, que se beneficiou do enfraquecimento do dólar frente às principais divisas globais, e do avanço dos contratos futuros do minério de ferro, que tiveram ganhos de 0,25% nesta madrugada em Dalian, o Ibovespa encerrou a sessão com alta de 0,64% aos 106.889 pontos, com giro financeiro de R$ 59,8 bilhões (hoje foi dia de vencimento de opções sobre o índice). Neste ambiente, o dólar apresentou forte depreciação de 1,31% frente ao real, cotado a R$ 4,94.
Já nos juros, os vértices mais curtos encerraram a sessão estáveis, enquanto os vencimentos longos tiveram queda. Também pela manhã foram conhecidos os dados de vendas do varejo de janeiro, que não chegaram a impressionar, já que não foi possível identificar nenhuma tendência definida.
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