A terça-feira foi marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos. O resultado veio acima das expectativas do mercado, que esperava a primeira deflação mensal desde maio de 2020. O CPI mostrou uma alta de 8,3% na variação anual em agosto (vs. expectativa de 8% do consenso) e propiciou uma mudança no quadro de apostas para a alta de juros no país, com o surgimento da possibilidade de uma elevação de 100 pontos base pelo Federal Reserve na próxima quarta-feira (21).
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As chances de aceleração no ritmo de aperto monetário são minoritárias, contra repetição do passo de
75 pontos base. Ainda assim, para o mercado, o dia foi de forte aversão ao risco. O dólar ganhou força
contra moedas rivais, os juros dos treasuries passaram a subir após a divulgação e as bolsas americanas encerraram em queda entre 4% e 5%.
No Brasil, além do cenário internacional, também foi destaque a divulgação da pesquisa mensal de serviços de julho. O indicador avançou 1,1% na variação mensal, ficando acima da expectativa dos analistas (+0,7%). Para o Ibovespa, o dia também foi de perdas, porém menos intensas do que as quedas das bolsas americanas. Ao final da sessão, o índice era negociado aos 110.794 pontos, com queda de 2,3% e giro financeiro de R$ 25 bilhões. O dólar vs. real, por sua vez, fechou com avanço forte de 1,77%, cotado aos R$ 5,19/US$. Na agenda desta quarta-feira, destaque para a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA e para os dados do varejo no Brasil.
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