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Fechamento de mercado: Bolsas encerram o dia em queda diante da chance do Fed subir juro

Fechamento de mercado: Bolsas encerram o dia em queda diante da chance do Fed subir juro
Sede da B3 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

Após as quedas robustas da véspera, está terça-feira foi novamente de bolsas com desempenhos negativos na Europa, embora em menor magnitude. O pano de fundo reflete as expectativas sobre o início na alta de juros por parte do Banco Central Europeu. Já nos EUA, em dia que se inicia a reunião do FOMC, que definirá sua taxa de juros amanhã, as bolsas tiveram mais um dia de correção.

Os receios dos investidores quanto a uma possível recessão vão em consonância com o comportamento das curvas de 10 e 30 anos dos Treasuries, que se inverteram mais cedo, em um movimento visto pelo mercado como um sinal de recessão futura para a maior economia do globo. Além disso, há uma série de revisões de analistas quanto ao ritmo que o Fed adotará em sua próxima decisão. Walls Fargo, JP Morgan e Barclays, são alguns dos exemplos que esperam uma postura mais firme por parte do banco central norte-americano já nesta quarta-feira, projetando um avanço de 0,75 p.p nesta reunião. Pela manhã, foi divulgado por lá, o índice de preços ao produtor (PPI) com avanço de 0,8% em maio ante abril, em linha com as projeções.

Apesar do indicador, as atenções estão todas voltadas para a decisão do Fed amanhã. No Brasil, os mercados seguiram alinhados com o comportamento internacional. Nem mesmo a alta das ações da Petrobras, com a expectativa de nova revisão nos preços dos combustíveis em breve, foi suficiente para sustentar o Ibovespa no positivo, após uma abertura em alta. Por aqui, amanhã também é dia de decisão de política monetária e o mercado aguarda um avanço de mais 0,50 p.p.. Desta forma, as teses de duration longas (sensíveis à curva de juros) voltaram a ser penalizadas no pregão de hoje, com destaque para varejistas. E por falar em atividade, pela manhã, foi conhecido o volume de serviços de abril, que subiu 0,2% no comparativo mensal, abaixo das expectativas e com sinais de que o ciclo de juros por aqui já afeta indicadores de atividade. Assim, ao final do pregão, o Ibovespa era negociado aos 102.063 pontos, com queda de 0,52% e giro financeiro de R$ 24 bilhões.

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Trata-se da oitava perda consecutiva, o que seria a mais longa série de baixas desde maio de 2012. O dólar vs. real, por sua vez, voltou a se fortalecer encerrando com alta de 0,38% cotado a R$ 5,13. Na agenda desta quarta-feira, destaque para a decisão do FOMC nos EUA. No Brasil, a decisão do Copom será o evento mais relevante.