Em meio à escalada da inflação global, a semana foi marcada pela guinada de bancos centrais de
economias desenvolvidas em direção a um modelo de política monetária menos relaxada. Esse tom firme dos bancos centrais continuou pressionando os ativos de forma generalizada na sessão desta sexta-feira. Após o Federal Reserve e o Banco Central Europeu, hoje o Banco do Japão anunciou o fim, também em março de 2022, de um de seus programas de apoio lançados em função da pandemia.
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As bolsas na Europa fecharam, em sua maioria em queda, em meio à divulgação de indicadores negativos. O índice de sentimento das empresas da Alemanha caiu a 94,7 em dezembro, abaixo das expectativas, enquanto o PPI alemão subiu ao maior nível em 70 anos.
Nos Estados Unidos, com investidores atentos a novos avanços dos casos da covid-19, diante da variante ômicron e seus riscos, e também com a perspectiva de aperto monetário pelo Federal Reserve, os índices acionários também fecharam em queda.
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No Brasil, o movimento de cautela foi agravado pelo aumento das preocupações com o cenário fiscal e eleitoral. Nem a valorização do minério de ferro e nem o leilão do excedente da cessão onerosa no pré-sal da bacia de Santos, ajudaram os papéis da Vale e Petrobras. Ao término do pregão, o índice tinha queda de 1,04%, aos 107.200 pontos. No mercado de câmbio, a moeda americana fechou com alta de 0,10%% cotada aos R$ 5,68.
Já os juros futuros subiram em toda a curva, com mais força na ponta longa, refletindo a aversão a risco no exterior e as questões fiscais. Na agenda da semana que vem, destaque para a divulgação do IPCA-15 no Brasil. No exterior, destaque para os dados de confiança do consumidor nos EUA.