A semana chegou ao fim com os mercados internacionais mostrando alguma recuperação, ainda que as preocupações sejam persistentes em relação ao processo de aumento dos juros pelos principais bancos centrais no mundo, em meio à novas sinalizações de dirigentes do FED. Hoje também foi a vez da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçar o compromisso da autoridade monetária em retornar a inflação à meta de 2%, mesmo que para isso tenha de subir os juros a nível restritivo em um momento de elevado risco de recessão na zona do euro.
Leia também
De todo modo, e apesar deste cenário, as praças da Europa e de Nova York avançaram, em um movimento que parece técnico e não propriamente de fundamentos melhores. No Brasil, o Ibovespa até ensaiou uma recuperação e chegou a subir pela manhã, mas a preocupação com a trajetória fiscal voltou a penalizar os preços dos ativos. No fim, o Ibovespa tinha queda de 0,76%, aos 108.870 pontos e giro financeiro de R$ 33 bilhões, enquanto o dólar recuou 0,5%, a R$ 5,37, mas os juros futuros subiram praticamente ao longo de toda a curva a termo.
Com o movimento dos últimos dias, o mercado de juros passou a precificar uma possibilidade de alta na Selic em 2023, algo que até então estava descartado pelas estimativas dos economistas. Em termos de agenda, na próxima semana merece destaque o IPCA-15 no Brasil.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos