No exterior, o dia foi marcado pela divulgação da ata referente a última decisão de política monetária. No documento, o Fed indicou que a maioria dos dirigentes do banco central norte-americano julgou que pode ser apropriado iniciar a redução do programa de compra de ativos ainda neste ano. Entretanto, o documento ressaltou também incertezas no cenário econômico principalmente relacionadas aos impactados da covid-19. A interpretação do mercado em relação ao documento foi de que o Fed deu sinais de menos acomodação monetária em relação ao que se imaginava. Assim, após a divulgação, as bolsas americanas se firmaram em baixa e fecharam no campo negativo.
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As bolsas europeias fecharam sem direção única, antes da divulgação da ata do Fed. Por lá, os investidores observaram dados de inflação na Zona do Euro e no Reino Unido em julho, que confirmaram as leituras preliminares dos indicadores. No mercado de commodities, o preço do minério fechou em queda próxima de 5%, impactando as ações da Vale e siderúrgicas, em meio a uma série de notícias negativas. Para o petróleo, o dia também foi de perdas. No Brasil, os investidores começaram o dia com a notícia do novo adiamento da votação da reforma do IR na Câmara.
Além disso, a situação fiscal continua a pesar, assim como a política, com os desentendimentos entre os poderes, e esta combinação de ruídos tem penalizado os ativos. Assim, após intensa volatilidade com o Ibovespa operando nas duas direções, o índice encerrou em queda de 1,07%, aos 116.643 pontos, acompanhando a piora dos pares americanos. O dólar, por sua vez, encerrou em alta de 2%, cotado aos R$ 5,37/US$. Os juros futuros terminaram o dia com avanço firme nos vértices intermediários e longos, pressionados pelas preocupações com fiscal e cenário político.
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