A sessão desta terça-feira ficou marcada pelo terceiro avanço consecutivo do Ibovespa, em linha com a melhora global no sentimento, que reduziu aversão ao risco e provocou correções nos principais mercados acionários da Europa e de Nova York hoje. A contrapartida para este movimento, no entanto, parece não encontrar sustentação nos indicadores econômicos, uma vez que a agenda foi bastante esvaziada e, entre os poucos dados conhecidos, a indicação não foi positiva, o que sugere que o movimento pode não se sustentar no curto prazo, caracterizando-se por questões mais técnicas de mercado – como o encerramento de posições vendidas à descoberto (operação short), por exemplo.
Do lado real da economia, segundo os dados oficiais, a inflação ao consumidor da zona do euro atingiu níveis recordes em junho, chegando a 8,6% em um ano, o que (em tese) aumenta ainda mais a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) tome alguma atitude. Neste complicado equilíbrio entre expectativas e realidade, prevaleceu o otimismo hoje e o Ibovespa encerrou em alta de 1,37%, aos 98.245 pontos, com giro financeiro de R$ 18,8 bilhões para a sessão – bem abaixo da média recente, mostrando ainda uma desconfiança dos investidores locais.
No mercado cambial, a moeda americana recuou 0,10% encerrando o dia a R$ 5,42. Para amanhã, entre os indicadores previstos, destaque para os dados de inflação no Reino Unido e na Alemanha em junho e a publicação dos resultados trimestrais de Tesla e Moderna nos Estados Unidos.
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