No exterior, os investidores adotaram uma postura mais defensiva nesta segunda-feira. Os temores de
arrefecimento da economia global após a divulgação de dados da indústria mais fracos na China e a
expectativa de que o Fed adote um tom mais agressivo na decisão de política monetária na quarta-feira
provocaram a queda das bolsas europeias e a alta do índice DXY (dólar contra uma cesta de moedas). Os
investidores também avaliaram dados mistos dos EUA, publicados mais cedo e o cenário de guerra no
leste europeu.
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Nos EUA, em dia de volatilidade, as bolsas americanas esboçaram recuperação ao final do pregão e fecharam no campo positivo. No mercado de commodities, o petróleo fechou em alta, com possível embargo da União Europeia às importações russas.
No Brasil, com os investidores no aguardo da decisão do Copom que será conhecida na próxima quarta-feira, o Ibovespa chegou a operar com queda superior a 2%, mas ensaiou um alívio após a recuperação das bolsas americanas. Assim, ao final do pregão, o índice era negociado aos 106.639 pontos com queda de 1,15% e giro financeiro de R$ 33 bilhões.
O dólar vs. real, por sua vez, fechou o dia em alta de 2,63%, cotado aos R$ 5,07. Os juros futuros encerraram a sessão em alta forte com escalada dos treasuries. Analisando os setores, o varejo e os ativos de crescimento ligados à tecnologia foram penalizados pelas preocupações com a China, inflação e juros. Os papeis do setor aéreo também estiveram entre as maiores perdas em função do dólar mais forte. Na agenda desta terça-feira, destaque para a divulgação da produção industrial no Brasil e o PPI (índice de preços ao produtor) na Zona do Euro.