Após um início de sessão que sugeria ganhos, os índices acionários de Nova York perderam força durante a tarde e encerraram próximos da estabilidade, com exceção do Nasdaq (ligado à tecnologia), que recuou 0,30%. Como combustível para essa mudança de humor nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, afirmou hoje que as oscilações de mercado refletem a nova política monetária da instituição e que “uma alta de 50 pontos-base nos juros é um bom plano para o momento. Temos de elevar os juros a 3,5% até o final deste ano”.
No restante do globo, no entanto, prevaleceu um tom mais positivo nos negócios, com os investidores repercutindo a decisão do Banco do Povo da China (PBoC), que reduziu a taxa de juros de referência para empréstimos de longo prazo (de 4,60% para 4,45%), em clara tentativa de reaquecer a segunda maior economia do mundo.
Por aqui, além da contribuição da valorização das principais commodities, a perspectiva de algum alívio na inflação por conta do projeto de desoneração do ICMS ajudou a explicar a devolução de prêmios na curva de juros e a valorização do mercado acionário. Ao final do dia, o Ibovespa marcava 108.488 pontos, em alta de 1,39% e giro financeiro de R$ 31,1 bilhões. No mercado cambial, o dólar recuou 0,87% frente ao real, encerrando a sexta-feira cotado a R$ 4,87.
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Já pensando na próxima semana, a agenda doméstica reserva dados de inflação e do mercado de trabalho, com destaque para o IPCA-15, referente ao mês de maio, na terça-feira. Lá fora, as atenções se voltam novamente para a inflação nos Estados Unidos, quer seja com a divulgação de indicadores, quer seja com a mensagem do Fed em sua ata referente à última decisão de política monetária.