Nos EUA, ao longo da manhã, foram avaliados o índice de gerente de compras (PMI) composto americano e o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Comitê sobre serviços financeiros da Câmara dos Representantes. O indicador, que leva em consideração os setores industrial e de serviços, caiu de 53,6 em maio para 51,2 pontos em junho, sendo o menor nível em cinco meses.
O resultado ficou bem abaixo da expectativa de mercado, que apontava um declínio para 53,3 pontos. Além disso, Powell em seu discurso reconheceu que recessão nos EUA é uma possibilidade. Estes dois eventos realimentaram preocupações com o ritmo de crescimento da economia americana. As bolsas chegaram a operar em queda mas, na última hora dos negócios, os principais índices acionários retomaram o fôlego e se firmaram em alta.
Apesar da melhora no final do pregão, os investidores seguiram atentos ao recrudescimento da inflação, que força uma política monetária mais restritiva, com efeitos negativos para a economia global. Em se tratando de petróleo, os contratos futuros da commodity fecharam em baixa. Indicadores modestos da economia dos EUA reforçaram temores de problemas na demanda adiante.
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No Brasil, além do cenário internacional tumultuado, as preocupações com o ambiente fiscal voltaram a dar o tom para os negócios. Os rumores de que o Governo estaria estudando elevar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além de aumentar o valor do vale-gás, o que junto ao voucher para os
caminhoneiros poderia colocar mais pressão sobre as contas públicas neste e nos próximos anos
penalizaram os ativos de risco. Assim, o Ibovespa chegou a descer aos 97 mil pontos durante a tarde mas, ao final do pregão, o índice encerrou aos 98.080 pontos com queda de 1,4% e giro financeiro de R$ 24,7 bilhões.
Entre os setores, os papeis ligados às commodities e do setor financeiro foram destaque negativo
no dia de hoje. O dólar se valorizou globalmente tanto frente ao real quanto em relação a pares fortes. O dólar vs. real fechou com alta de 1,02%, cotado aos R$ 5,23/US$. Na agenda desta sexta-feira, destaque para a divulgação do IPCA-15 de junho.
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