Sem a confirmação de que a gigante chinesa Evergrande tenha feito o pagamento de juros programado para ontem, os negócios no mundo voltaram a refletir o temor de um possível colapso da incorporadora. Além disso, o Banco do Povo da China afirmou que todas as atividades relacionadas a criptomoedas são ilegais e prometeu medidas para controlar o mercado. Nesse cenário, as bolsas asiáticas e europeias fecharam no campo negativo. Já nos Estados Unidos, o pregão foi de volatilidade e os mercados acionários fecharam mistos, próximos da estabilidade. Os juros longos dos Treasuries subiram, com investidores atentos a declarações de dirigentes do Fed, que deram mais sinalizações de que o início da retirada de estímulos pelo Banco central norte-americano está próximo.
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No Brasil, além do exterior negativo, o cenário fiscal e à aceleração da inflação mostrada pelo IPCA-15 de setembro pesaram nos negócios locais. O IPCA-15 subiu 1,14%, a taxa mais elevada para meses de setembro na série histórica, e levou a inflação em 12 meses a superar 10%. Assim, o Ibovespa, após 3 pregões consecutivos de alta, fechou em queda nesta sexta-feira aos 113.283 pontos (-0,69%). Mas na semana acumulou alta de 1,65%. Os juros futuros fecharam em alta, na esteira dos juros dos Treasuries longos e do dólar ante o real e outras moedas de países emergentes, que avançou 0,64% cotado aos R$ 5,34/US$. Na agenda da semana que vem, os próximos passos de política monetária, dados de atividade econômica e inflação no atacado serão destaque da agenda doméstica. No exterior, a agenda será mais fraca e trará dados de inflação nos Estados Unidos.
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