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Fechamento de Mercado: Ibovespa recua 0,5% à espera de juros dos EUA

A véspera de decisão de política monetária do banco central dos EUA foi de cautela nos principais mercados

Fechamento de Mercado: Ibovespa recua 0,5% à espera de juros dos EUA
Desde 1997, a Bolsa de Valores brasileira implantou o pregão eletrônico, reduzindo a burocracia e democratizando o acesso ao mercado de ações e outros ativos. (Foto: Shutterstock)
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  • Revisões de projeções, como a do Walmart que cortou suas expectativas de lucro, reforçam os temores sobre uma recessão global
  • Assim, os principais índices acionários em Nova York encerraram o dia em queda
  • No Brasil, a Petrobras se descolou dos demais e esteve entre as principais altas do dia

A véspera de decisão de política monetária foi de cautela nos principais mercados. A aproximação de mais um (provável) aumento na na taxa de juros da economia norte-americana manteve os investidores em compasso de espera, enquanto a safra de balanços continua e as revisões de projeções, como a do Walmart que cortou suas expectativas de lucro, reforçam os temores sobre uma recessão global. No Brasil, o Ibovespa encerrou o dia com queda de 0,50%, aos 99.772 pontos, perdendo novamente a marca dos 100 mil pontos, enquanto o giro financeiro foi de R$ 17,4 bilhão.

Falando das revisões, o Fundo Monetário Nacional (FMI) cortou a projeção de alta do PIB Global em 2022 de 3,6% para 3,2%, enquanto que para os Estados Unidos o corte foi ainda maior, passando de 3,7% para 2,3%. Embora não seja o cenário base da instituição, o risco de uma recessão é uma preocupação que segue no radar. Neste contexto, o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, afirmou que “a perspectiva cada vez mais sombria e incerta” reflete os impactos da pandemia e da guerra no leste europeu.

Em termos de indicadores econômicos, nos EUA, o índice de confiança do consumidor e as vendas de moradias novas de junho reforçaram as preocupações. Assim, os principais índices acionários em Nova York encerraram o dia em queda.

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No Brasil, nem mesmo a revisão para cima para o PIB em 2022, pelo FMI, passando de 0,8% para 1,7%, ou mesmo a divulgação do IPCA-15 de julho, que deu os primeiros sinais de desaceleração, impactados pelas reduções de ICMS em combustíveis e energia, deram fôlego para os ativos de risco.

Dentre os principais ativos do Ibovespa, a Petrobras se descolou dos demais e esteve entre as principais altas do dia, dando continuidade ao avanço da segunda-feira na contramão dos preços da commodity, que recuou na sessão de hoje. Para a estatal é esperado a divulgação do balanço do segundo trimestre na próxima quinta-feira (28) e o mercado espera mais uma forte rodada de dividendos.

No câmbio, o dia foi novamente de queda para o dólar, recuando 0,38%, aos R$ 5,35, em um movimento contrário ao índice DXY – que compara a moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas importantes –, que se
fortaleceu.

Para agenda de amanhã, o grande destaque será a decisão de política monetária do Fed, o banco central dos EUA, seguida pelo pronunciamento de Jerome Powell, presidente da instituição. No Brasil, a safra de balanços ganha corpo, com as  divulgações de Klabin antes do pregão e Assaí, Suzano e GPA após o fechamento.

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