Os mercados globais apresentaram novamente um movimento de aversão ao risco nesta terça-feira (26), ainda se ajustando às novas expectativas de juros mais altos por mais tempo nas economias desenvolvidas e em meio à cautela com a recuperação econômica da China, diante de estresses do setor imobiliário.
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Além disso, os investidores também acompanharam as negociações para o orçamento do governo americano, sob risco de possível paralisação das atividades. Com este pano de fundo, as principais bolsas da Europa e dos Estados Unidos encerraram a sessão em queda, com pressão extra sobre os índices de Nova York após dados mais fracos que o esperado da economia americana.
Entre os ativos seguros, os vencimentos médios e longos dos Treasuries encerraram a sessão novamente em alta, o que
continuou fortalecendo o dólar em comparação à cesta de moedas fortes. Já o petróleo voltou a avançar,
sob perspectiva de aperto na oferta.
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No Brasil, o IPCA-15 mostrou alta mensal de 0,35%, e ficou muito próximo da mediana das estimativas. Já a inflação em 12 meses acelerou para 5,0%, a partir de 4,24% no mês anterior, se distanciando ainda mais da meta. A leitura reforça a visão de que o Banco Central seguirá reduzindo a Selic ao passo de 0,5 p.p. por reunião, conforme sinalizado também pela ata da instituição, divulgada pela manhã.
Sem direcionadores positivos, o Ibovespa confirmou a quarta queda consecutiva, desta vez de 1,49% aos 114.193 pontos, com giro financeiro de R$ 22,9 bilhões. No câmbio, o dólar avançou 0,42% frente ao real, cotado a R$ 4,99, enquanto nos juros, a sessão foi novamente de forte abertura em todos os vértices ao longo da curva a termo, em linha com o movimento observado nos Treasuries, e com receios em relação à situação fiscal do País.
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