Nos EUA, os investidores avaliaram hoje as vendas de moradias usadas e o índice de confiança do consumidor com resultados bem acima do esperado pelos analistas. Além disso, a safra de balanços corporativos do 3T21 seguiu sendo monitorada. Ao final do pregão, as bolsas americanas renovaram máximas históricas de fechamento.
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No Brasil, a expectativa de deterioração dos parâmetros da economia brasileira seguiu penalizando os ativos financeiros. Os dados do CAGED e, principalmente, o IPCA-15 de outubro, divulgados hoje pela manhã, provocaram nova rodada de revisões de
inflação, Selic e PIB. A criação líquida de vagas de emprego formal somou cerca de 313 mil em setembro, resultado que ficou abaixo da mediana das estimativas (360 mil).
Já o IPCA-15 mostrou alta de 1,2%, acima da mediana estimada, de 1,05%. No ano, a inflação chegou a 8,3% e avanço de 10,34% no acumulado em 12 meses. Ao que tudo indica, parece que a inflação ainda não atingiu seu pico.
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Após estas divulgações e, levando em consideração a recente piora no cenário fiscal, o
mercado consolidou as apostas de um aperto monetário mais forte na reunião do Copom de amanhã, além de revisões de inflação para cima em 2021 e 2022 bem como revisões baixistas de PIB. Os juros futuros fecharam a sessão bastante pressionados até os vértices intermediários.
A curva de juros futuros indica majoritariamente aperto de 1,75 p.p. com alguma chance de 2 p.p. na decisão do Copom de amanhã. O dólar vs. real encerrou o dia com alta de 0,32%, cotado aos R$ 5,57/US$. Já o Ibovespa, encerrou em queda de 2,11%, aos 106.420 pontos e giro financeiro de R$ 27 bilhões.
Na bolsas, as quedas foram generalizadas, mas mostram desempenho pior do que a
média para papeis de empresas cujos setores mais sofrem com alta de juros como, por exemplo, setor imobiliário e setor de consumo e varejo.
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