No início do pregão, o tom era mais favorável para os ativos brasileiros, após as notícias de estímulos à economia chinesa, o que elevou o apetite por risco dos investidores e favoreceu países emergentes. No
entanto, no final da manhã, o resultado abaixo do esperado da confiança do consumidor nos Estados
Unidos em junho e pronunciamentos com tons mais duros de dirigentes do Federal Reserve nesta tarde voltaram a levantar temores de uma desaceleração mais forte da economia nos EUA em meio a índices de inflação ainda altos, que demandam mais altas de juros pelo BC americano. O quadro de estagflação levou a uma rodada de fuga de ativos de risco. Assim, as bolsas americanas encerraram o dia em queda.
No Brasil, os ativos domésticos seguiram em rota descendente na tarde desta terça-feira em meio a um ambiente externo negativo e ao aumento da percepção de risco fiscal doméstico. Desta forma, após tocar 102 mil pontos, o Ibovespa chegou a operar abaixo dos 100 mil pontos mas, ao final do pregão, o índice encerrou aos 100.591 pontos com queda de 0,17% e giro financeiro de R$ 24 bilhões. Os dados do CAGED referentes ao mês de maio com forte criação de empregos no mercado formal deram impulso ao índice mas não foram suficientes para sustentá-lo no terreno positivo. O dólar, que estava em baixa ante o real em meio ao bom desempenho das commodities e realização de lucros, passou a subir, superou o patamar de R$ 5,25. Ao final do pregão, o dólar vs. real tinha alta de 0,60%, cotado aos R$ 5,27/US$.
Os juros futuros já subiam em toda a curva desde a abertura, pressionados pelos treasuries e pelo petróleo. No começo da tarde, as taxas renovaram máximas com piora do risco fiscal. Na agenda desta quarta-feira, destaque para a divulgação do PIB americano e para a inflação ao consumidor da Alemanha.
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