Nesta terça-feira, as bolsas na Europa e nos Estados Unidos fecharam em baixa, após a divulgação de indicadores americanos sobre o mercado de trabalho e confiança do consumidor e, discursos de dirigentes do Fed. O índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos elaborado pelo Conference Board avançou em agosto, acima do esperado, enquanto a abertura de postos de trabalho nos EUA em julho subiu quase 1 milhão acima do estimado, de acordo com o relatório Jolts.
Os dois dados reforçaram a cautela do investidor ao sinalizar fôlego da economia americana, o que implica em aperto monetário mais forte, como forma de combater a inflação acima da meta de 2%. Aqui no Brasil, além do exterior negativo, a queda dos preços das commodities pesou sobre o bovespa. Os preços do minério de ferro recuaram mais de 5% durante a madrugada na China, enquanto os contratos futuros do petróleo interromperam a sequência de alta, e recuaram cerca de 5%, em um movimento de realização de lucros. Também várias notícias do setor foram monitoradas, algumas delas apontando para a possibilidade de maior oferta da commodity.
Além disso, continuam as preocupações com a perda de fôlego na economia global, com consequente impacto negativo para a demanda pelo óleo. A cautela com o cenário fiscal também seguiu no radar dos investidores, à medida que aumenta a possibilidade de elevação de gastos públicos. Nesse cenário, o Ibovespa fechou com queda de 1,68% aos 110.431 pontos com giro financeiro de R$ 27,6 bilhões. No mercado de câmbio, o real foi o destaque negativo entre as moedas emergentes e o dólar avançou 1,58% aos R$ 5,11/US$. Em termos de indicadores econômicos, foi divulgado o IGP-M de agosto, que trouxe deflação maior que a mediana das estimativas, mas o dado acabou ficando em segundo plano.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O índice de preços caiu 0,70% em agosto, mais que a mediana das estimativas, que era de -0,56%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M arrefeceu de 10,08% para 8,59%. Na agenda econômica desta quarta-feira, destaque para os dados da taxa de desemprego no Brasil e pesquisa ADP de empregos nos EUA.