No exterior, nesta quinta-feira, a recuperação dos ativos de risco verificada no pregão de ontem teve vida curta. As bolsas americanas fecharam em queda forte (com índice Nasdaq com queda próxima de 3%), enquanto juros subiram e o petróleo caiu. No mercado cambial, o dólar não firmou alta ante moedas rivais, com a libra com ganhos fortes. Entre os principais direcionadores, o mercado observou comentários duros de dirigentes do Federal Reserve e do banco central europeu (BCE) e dados de PIB e inflação nos EUA. Medida inflacionária preferida do Fed, o índice PCE do 2T22 foi revisado para cima na leitura divulgada hoje, jogando mais pressão sobre as ações e renda fixa americana.
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No Brasil, em dia de aversão ao risco no exterior e cautela com a proximidade das eleições, o Ibovespa desceu nesta manhã aos 106 mil pontos, nível não visto desde o começo de agosto e o dólar, por sua vez, se aproximou de R$ 5,43, levando junto os juros futuros. Ao longo da tarde, os investidores apararam os excessos mas mantiveram a posição defensiva.
Ainda para hoje, os investidores aguardam o debate entre os presidenciáveis nesta noite. O futuro das regras fiscais é um ponto de atenção. Ficaram em segundo plano a deflação maior do que o esperado do IGP-M e a criação de empregos acima do consenso (dados do Caged). Os investidores também avaliaram o relatório trimestral de inflação. Assim, ao final da sessão, o Ibovespa era negociado aos 107.664 pontos, com recuo de 0,73% e giro financeiro de R$ 28 bilhões. O dólar ante o real, por sua vez, avançou 0,86%, cotado a R$ 5,40. Dentre os setores, os bancos figuraram entre as maiores altas do dia. Na ponta contrária, o setor aéreo e o varejo tiveram as maiores perdas do dia.
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