Mesmo com as declarações iniciais de ontem sobre avanços nas conversas entre Rússia e Ucrânia, a sessão foi de cautela nos mercados internacionais. Em meio à desconfiança do Ocidente quanto aos
compromissos de Moscou e possíveis novas sanções, as bolsas na Europa fecharam em sua maioria em
baixa. Além disso, discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e indicadores locais também
foram monitorados por investidores. O índice de sentimento econômico da zona do euro caiu de 113,9
pontos em fevereiro para 108,5 pontos em março.
Na Alemanha, a inflação ao consumidor subiu 7,3% na comparação anual de março, bem acima da previsão de analistas (+6,2%). Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda, em dia de divulgação da pesquisa ADP, que mostrou criação de 455 mil vagas em março, ante previsão de 450 mil para o mês. O indicador antecede o payroll, que é o relatório oficial do mercado de trabalho do país e será conhecido na sexta-feira. Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta quarta-feira, em quadro de menos otimismo sobre uma solução rápida no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Aqui no Brasil, o dia foi de volatilidade, com o Ibovespa oscilando em torno da estabilidade. Ao término do pregão, o índice tinha alta de 0,20% aos 120.260 pontos apoiado pelas empresas ligadas às commodities. O dólar frente ao real seguiu descolado do comportamento no exterior, e fechou com alta de 0,62% cotado aos R$ 4,79. Na renda fixa, os juros futuros voltaram a subir, depois de seis sessões consecutivas de queda. A inflação pelo IGP-M acima do esperado apoiou as taxas de curto prazo, enquanto os vencimentos intermediários e longos responderam à alta do petróleo e commodities
agrícolas. Na agenda econômica local desta quinta-feira, será conhecida a taxa de desemprego (Pnad
Contínua). Nos EUA, serão divulgados os dados de renda e gastos pessoais.
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