Nesta quarta-feira, a União Europeia propôs novas medidas de sanções à Rússia, incluindo o embargo
total a importações de petróleo. O anúncio impulsionou os preços da commodity e trouxe cautela aos
negócios. Assim, as bolsas europeias fecharam em queda, com os investidores operando em compasso
de espera pela definição de política monetária nos EUA, que só foi conhecida após o fechamento do pregão na Europa. Nos EUA, em decisão unânime e em linha com o esperado pelo mercado, o FOMC
anunciou a elevação da taxa básica de juros americana, em 0,50 p.p., para o intervalo entre 0,75% e 1,00% a.a.
Em pronunciamento pós decisão, Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, adotou uma tom mais suave, descartando uma alta de 0,75 p.p. nas próximas reuniões. Após estas declarações, o dólar perdeu força, os rendimentos dos treasuries caíram, e as bolsas em Nova York, que mesmo antes da decisão já ganhavam força ajudadas pelas ações de petroleiras, se firmaram no campo positivo e fecharam com altas em torno de 3%.
Aqui no Brasil, acompanhando a melhora no exterior, o Ibovespa retomou o patamar dos 108 mil pontos, após dois dias de desempenho negativo e fechou com alta de 1,70% (108.344 pontos) com giro financeiro de R$ 36,8 bilhões. Em relação às ações, destaque para as empresas do setor de petróleo que se beneficiaram do forte avanço da commodity, e para as varejistas e empresas de tecnologia que se recuperaram com o alívio na curva de juros. Já o dólar à vista fechou em queda de 1,21%, cotado a R$ 4,90.
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Ainda no mercado doméstico, hoje será conhecida a decisão do Copom. O mercado estima mais uma alta de 1 p.p. levando a Selic para 12,75% a.a., mas há expectativa também de uma continuação do ciclo de elevação dos juros por conta do avanço contínuo da inflação.