Os índices de Nova York encerraram a sessão desta quarta-feira (30) sem direção única, após o Federal Reserve manter os juros inalterados, como amplamente esperado. No entanto, declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a possibilidade de efeitos inflacionários mais persistentes decorrentes das tarifas comerciais aumentaram a cautela dos investidores, pressionando os rendimentos dos Treasuries e fortalecendo o índice DXY.
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A confirmação da tarifa de 50% sobre o cobre, anunciada por Donald Trump, também elevou a aversão ao risco. Pela manhã, os investidores avaliaram a alta de 3% do PIB dos EUA no segundo trimestre, na leitura anualizada, reforçando a percepção de resiliência da economia americana.
No Brasil, o Ibovespa subiu 0,95%, aos 133.990 pontos, com giro financeiro de R$ 22,5 bilhões. O índice reverteu as perdas da manhã após os EUA anunciarem um prazo adicional de sete dias para a entrada em vigor das tarifas de 50%. Além disso, o governo Trump excluiu da taxação alguns produtos brasileiros, como itens da aviação civil, minério de ferro, estanho, gás natural liquefeito, petróleo (em algumas categorias), castanha-do-pará, polpa de laranja, café e carne.
A Embraer liderou os ganhos do dia, impulsionada pela isenção aplicada ao setor aeronáutico. No câmbio, o dólar avançou 0,35%, a R$ 5,59, enquanto os juros futuros subiram, acompanhando os Treasuries e refletindo o clima de cautela com o cenário fiscal e cambial local.
Com o mercado fechado, os holofotes se voltam agora para a decisão do Copom, com expectativa majoritária de manutenção da Selic em 15%.