Gerdau (GGBR4) é a empresa mais bem posicionada para enfrentar as tarifas dos EUA a produtos brasileiros; Itaú BBA aposta nos dividendos em 2026. (Foto: Adobe Stock)
O Itaú BBA elevou o preço-alvo das ações daGerdau (GGBR4) de R$ 21 para R$ 23 para o fim de 2026 após melhores perspectivas com aumento da distribuição de dividendos, mostra relatório enviado à imprensa na noite desta terça-feira (16). O novo patamar previsto para o papel da siderúrgica equivale a uma alta de 37,06% na comparação com o último fechamento.
Para o terceiro trimestre de 2025 (3T25), os analistas estimam um aumento de 5% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado, para R$ 2,7 bilhões, em relação ao período anterior (2T25). O motivo? As melhorias na América do Norte provavelmente serão parcialmente compensadas por uma queda no Brasil.
“Os resultados nos EUA devem se beneficiar de um aumento trimestral no spread (diferença nos preços de compra e venda) de metais, levando a uma margem Ebitda de 20%
acima dos 18% no 2T25”, afirmam Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza e Marcelo Furlan Palhares.
Por outro lado, os analistas do BBA esperam queda das margens no Brasil em 1 ponto porcentual, indo de 12% no segundo trimestre para 11% no terceiro. De acordo com eles, preços mais baixos do aço no mercado interno, os quais mais do que compensaram a redução de custos, resultarão em uma queda sequencial no Ebitda no 3T25.
O que esperar da Gerdau em 2026?
Segundo os analistas, os resultados da Gerdau de 2026 serão apoiados pelo forte desempenho nos EUA e por uma potencial recuperação no Brasil, impulsionada pelo início da operação do empreendimento de mineração e pelo ganho de escala completo do projeto de HRC em Ouro Branco.
Além disso, os analistas estimam um maior rendimento no Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Gerdau. A combinação de um aumento anual no Ebitda para R$ 11,2 bilhões e uma potencial redução no investimento em capital para R$ 5,0 bilhões provavelmente sustentará a geração de FCL de R$ 3,4 bilhões em 2026 (rendimento de 10%), mais forte do que os níveis registrados em 2024 (R$ 2,9 bilhões) e 2025 (R$ 0,3 bilhão).
“Isso poderia potencialmente aumentar o pagamento aos acionistas por meio de dividendos ou de recompras de ações da Gerdau”, dizem Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza e Marcelo Furlan Palhares, que assinam o relatório do Itaú BBA.
Em meio a esses pontos, os analistas mantiveram a classificação de outperform para as ações da Gerdau (GGBR4), classificação equivalente à compra. “Vemos uma proposta de risco-recompensa atraente, com perspectivas de melhorias no lucro e maior distribuição de dividendos”, concluem Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza e Marcelo Furlan Palhares.