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- Nesta quarta-feira (28), a Valora Investimentos comunicou ao mercado a compra dos ativos do Selina Hospitality PLC pela Collective Hopitality, que possui mais de 28 anos de experiência no mercado de hospitalidade
- A notícia trouxe esperança para os cotistas do Mognos Hoteis (MGHT11) que sofrem com a ausência de pagamentos dos CRIs da rede hoteleira Selina e dos aluguéis de dois imóveis locados pelo mesmo grupo empresarial
O impasse sobre a inadimplência do portfólio do fundo imobiliário Mognos Hoteis (MGHT11) pode estar próximo do fim com o anúncio de compra dos ativos da Selina Hospitality PLC, controladora das sociedades do grupo Selina que são devedoras do fundo, feita pela Collective Hopitality. A empresa possui mais de 28 anos de experiência no mercado de hospitalidade e pode regularizar os pagamentos em atraso das operações da marca no Brasil .
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A novidade foi comunicada ao mercado pela Valora Investimentos, gestora do MGHT11, na quarta-feira (28) e despertou esperança para os cinco mil cotistas posicionados no fundo. No pregão de ontem, as cotas do MGHT11 encerraram com uma valorização de 27%, sendo negociadas a R$ 21,09.
O desempenho se constrata com a performance dos papéis em 2024 que acumulam perdas de 55%. A forte valorização reflete a ansiedade dos investidores em solucionar a inadimplência dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da rede hoteleira Selina e dos aluguéis de dois imóveis locados pelo mesmo grupo empresarial.
Segundo o relatório gerencial do fundo, o grupo acumula dois meses de atrasos referentes ao pagamento de juros dos CRIs Selina, Selina II, Selina III e Selina IV e dos aluguéis de dois imóveis, localizados em São Paulo, e no muncípio praiano de Búzios, no Rio de Janeiro. Os ativos correspondem todo o portfólio do fundo Mogno Hoteis. Os títulos de dívida, por exemplo, representam 45,6% do patrimônio líquido do FIIs, enquanto os imóveis respondem a 64%.
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As dificuldades financeiras do Grupo Selina causaram um prejuízo de R$ 79,5 mil, equivalente a R$ 0,06 por cota, ao fundo Mognos Hoteis. Por essa razão, os gestores escolheram não distribuir dividendos aos cotistas em julho para preservar a reserva de caixa que chega a R$ 0,42 por cota. “A gestora tem envidado todos os esforços para solucionar as questões oriundas do inadimplemento das empresas do grupo Selina, no intuito de restabelecer a adimplência dos aluguéis e dos CRIs devidos ao Fundo, junto à Collective para buscar a melhor solução para essa situação de inadimplência”, informou a Valora em comunicado.
Com a aquisição, a Collective Hospitality expande a sua presença global no mercado de hospitalidade ao incluir no seu portfólio cerca de 100 hotéis, localizados em 22 países. As novas propriedades da rede serão combinadas com outros resorts de acomodação social e estilo de vida da Collective.
“Este é um importante passo para a companhia no Brasil e globalmente. Estamos comprometidos em oferecer uma experiência de hospedagem única e seguimos firmes nesse propósito perante todos os hóspedes, parceiros e colaboradores”, diz Fábio Werneck, Diretor Geral da Selina no Brasil em nota enviada ao E-Investidor. A equipe de Mercados de Capital Hoteleiro da Newmark Group, sediada em Nova York, nos Estados Unidos, assessora o novo controlador do grupo Selina na aquisição.