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O Ibovespa hoje ampliou os ganhos ao final do pregão e terminou o dia em alta, com o mercado de olho nas tarifas recíprocas anunciadas por Donald Trump. A principal referência da B3 encerrou esta quinta-feira (13) em valorização de 0,38% aos 124.850,18 pontos, depois de oscilar entre máxima a 124.852,88 pontos e mínima a 123.777,69 pontos. O giro financeiro foi de R$ 17,7 bilhões.
No final da tarde, Trump assinou um memorando ordenando que seus assessores calculem novos níveis de tarifas para outros países em todo o mundo. “Sobre comércio, decidi, para fins de justiça, que cobrarei uma tarifa recíproca, o que significa que tudo o que os países cobrarem dos Estados Unidos, nós cobraremos deles – nem mais, nem menos!”, destacou o republicano em sua conta na rede social Truth Social.
Em documento enviado pela Casa Branca, o etanol brasileiro foi citado como exemplo de falta de tratamento recíproco de países em relação aos EUA. “A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto os EUA exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, destaca.
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Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,04%, 0,77% e 1,5%, respectivamente. Investidores acompanharam novos dados econômicos. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,4% em janeiro ante dezembro, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta de 0,3% na taxa mensal .
“Sexta-feira (14) será mais um dia importante para a agenda econômica do país, com a divulgação de vendas no varejo e produção industrial, que eu acredito que ainda venham fortes. Acho que o mercado não espera mais queda de juros no curto prazo nos EUA e está olhando mais para a Bolsa, porque os resultados, em geral, devem continuar vindo positivos”, afirma Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje fechou em leve alta, de 0,10%, cotado a R$ 5,7689. A queda das principais commodities jogou contra o real, enquanto investidores acompanharam o andamento das taxas recíprocas prometidas por Trump. “Apesar de um viés de baixa inicial, a cotação do dólar foi sustentada pela expectativa do mercado em relação às novas tarifas, que, no entanto, não deverão entrar em vigor tão cedo, aliviando a pressão”, diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Impulsionado pelo otimismo em Nova York, o Ibovespa ampliou os ganhos ao final do pregão, contando com a ajuda de suas ações de maior peso. Os papéis da Vale (VALE3) fecharam o dia em alta de 0,13%, enquanto os do Itaú (ITUB4) subiram 0,53%. Os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4) também encerraram no campo positivo: os ordinários (PETR3) avançaram 0,28% e os preferenciais (PETR4) tiveram valorização de 0,11%.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Usiminas (USIM5) e CSN Mineração (CMIN3).
Braskem (BRKM5): 5,38%, R$ 13,12
As ações da Braskem (BRKM5) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, terminando o pregão com ganhos de 5,38% a R$ 13,12. Depois de caírem na véspera em um movimento de realização de lucros, os ativos conseguiram se recuperar na sessão.
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A BRKM5 está em baixa de 5% no mês. No ano, acumula uma valorização de 13,3%.
Usiminas (USIM5): 3,35%, R$ 5,87
Outro destaque positivo foi a Usiminas (USIM5), que avançou 3,35% a R$ 5,87. Ao Broadcast, Rodrigo Brolo, sócio da AAX Investimentos, explicou que o movimento foi “técnico”, considerando que o papel caiu 4,05% na quarta-feira (12), após quatro pregões de alta e um estável. Investidores também aguardaram o balanço trimestral da companhia, que deve ser divulgado na sexta-feira (14).
A USIM5 está em alta de 6,53% no mês. No ano, acumula uma valorização de 10,34%.
CSN Mineração (CMIN3): 3,19%, R$ 5,17
Na lista de principais altas do dia, estiveram ainda os papéis da CSN Mineração (CMIN3), que subiram 3,19% a R$ 5,17, recuperando-se de parte das perdas da véspera, quando tombaram 5,83%.
A CMIN3 está em baixa de 5,31% no mês. No ano, acumula uma valorização de 0,98%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram BRF (BRFS3), Automob (AMOB3) e Marfrig (MRFG3).
BRF (BRFS3): -3,76%, R$ 19,47
As ações da BRF (BRFS3) registram a maior queda do Ibovespa hoje, finalizando a sessão com perdas de 3,76% a R$ 19,47. Os papéis dos setor de frigoríficos foram afetados pela decepção do mercado com os resultados apresentados pela Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), subsidiária de processamento de frango da JBS (JBSS3).
A BRFS3 está em baixa de 11,06% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 23,23%.
Automob (AMOB3): -3,7%, R$ 0,26
Entre os principais destaques negativos da sessão, também estiveram as ações da Automob (AMOB3), que tombaram 3,7% a R$ 0,26. Por serem classificados como penny stocks (ativos cotados a menos de R$ 1), os papéis da companhia tendem a sofrer maiores oscilações nos pregões.
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A AMOB3 está em baixa de 16,13% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 23,53%.
Marfrig (MRFG3): -3,21%, R$ 14,15
Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foi a Marfrig (MRFG3), que cedeu 3,21% a R$ 14,15, impactada pelo balanço da Pilgrim’s Pride.
A MRFG3 está em baixa de 10,95% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 16,91%.
*Com Estadão Conteúdo