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Ibovespa hoje: CVC (CVCB3) salta mais de 5% e IRB (IRBR3) lidera perdas

Índice foi pressionado por incertezas fiscais, mas desempenho de ações de commodities evitou maiores quedas

Ibovespa hoje: CVC (CVCB3) salta mais de 5% e IRB (IRBR3) lidera perdas
Fachada da CVC (CVCB3). Foto: Divulgação/CVC
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  • O Ibovespa hoje encerrou o pregão em baixa de 0,13%, aos 129.893,32 pontos, depois de oscilar entre máxima a 130.529,22 pontos e mínima a 129.805,95 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram IRB (IRBR3), Carrefour (CRFB3) e Hypera (HYPE3)

O Ibovespa hoje perdeu força ao longo da sessão e finalizou o dia no campo negativo. Nem mesmo a forte valorização das ações da Vale (VALE3) foi suficiente para melhorar o humor do índice. Nesta sexta-feira (25), a principal referência da B3 encerrou o pregão em baixa de 0,13%, aos 129.893,32 pontos, depois de oscilar entre máxima a 130.529,22 pontos e mínima a 129.805,95 pontos, com volume negociado de R$ 19,8 bilhões.

O dia foi negativo para os papéis do setor financeiro, que também possuem peso relevante para o índice. As ações ordinárias do Bradesco (BBDC3) cederam 1,13%, enquanto as preferenciais (BBDC4) recuaram 1,45%. Já o Itaú (ITUB4) observou uma queda de 1,12%. Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11) registraram perdas de 0,24% e 0,12%, respectivamente. A única exceção positiva foi o Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 0,04%.

A sessão foi pautada, na B3, pelas persistentes dúvidas em relação à condução das contas públicas pelo governo, após a trégua do dia anterior, no mercado. Se na quinta-feira (24) as palavras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, proporcionaram alívio, nesta sexta-feira, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva geraram preocupação.

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Lula cobrou publicamente de seus ministros que estejam prontos a apresentar projetos de uso dos recursos do novo acordo sobre o desastre de Mariana, em Minas Gerais. “Se não dermos conta do recado, daqui a 20 meses aquilo que hoje é festejado como o maior acordo já feito vai ser cobrado do governo como a pior coisa que já aconteceu”, afirmou.

Por sua vez, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que os recursos previstos no novo acordo de Mariana não estarão sujeitos à “camisa de força” da regra fiscal, em referência à limitação de gastos prevista na regra de controle das contas públicas.

O pregão foi marcado pela alta dos juros futuros, que refletiu principalmente o cenário de incertezas fiscais e o avanço do dólar. “O mercado já está no compasso de espera pelas medidas de corte de gastos prometidas pelo governo, mas, honestamente, o ceticismo é forte. Com tantas promessas e poucas ações concretas, é difícil acreditar que essas medidas virão com força suficiente para melhorar a situação fiscal”, afirma Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.

Em Nova York, os principais índices acionários fecharam mistos: Dow Jones teve queda de 0,61% e S&P 500 recuou 0,03%, enquanto Nasdaq avançou 0,15%. Os papéis da Trump Media & Technology Group subiram 11,44%, estendendo ganhos diante de otimismo sobre as chances do republicano Donald Trump vencer as eleições presidenciais dos Estados Unidos.

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No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje fechou em alta de 0,75% a R$ 5,7051, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,7137 e mínima a R$ 5,6666. A divisa americana ganhou força tanto entre pares fortes quanto entre divisas emergentes e exportadoras de commodities, em mais um dia de “Trump trade”, com antecipação de uma possível vitória do republicano.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3).

CVC (CVCB3): 5,05%, R$ 2,08

As ações da CVC (CVCB3) saltaram 5,05% a R$ 2,08. Para Artur Horta, da GTF Capital, o mercado pode estar se posicionando para o balanço na companhia, prevista para 12 de novembro. Na sua visão, embora a empresa tenha enfrentado dificuldades em um passado recente, demonstrou “importantes avanços” no segundo trimestre, com redução do endividamento e crescimento das vendas.

A CVCB3 está em alta de 11,83% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,57%.

Usiminas (USIM5): 4,24%, R$ 6,64

Os papéis da Usiminas (USIM5) também se saíram bem e subiram 4,24% a R$ 6,64, após registrarem lucro líquido de R$ 185 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo assim o prejuízo de R$ 166 milhões reportado no mesmo período de 2023.

A USIM5 está em alta de 6,41% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 26,06%.

Vale (VALE3): 3,4%, R$ 61,73

Outro destaque positivo foi a Vale (VALE3), que avançou 3,4% a R$ 61,73, não só influenciada pelo balanço do terceiro trimestre, como também pelo bom desempenho do minério de ferro, que fechou em alta de 2,81% na Bolsa chinesa de Dalian, enquanto subiu 2,27% em Cingapura.

A VALE3 está em baixa de 2,8% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,88%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram IRB (IRBR3), Carrefour (CRFB3) e Hypera (HYPE3).

IRB (IRBR3): -6,49%, R$ 41,35

Do lado das baixas, o IRB (IRBR3) liderou as perdas do Ibovespa hoje, finalizando a sessão em queda de 6,49% a R$ 41,35. O movimento estendeu as perdas da véspera, quanto os ativos derreteram 7,32%, corrigindo o salto de 12,29% que observaram na quarta-feira (23), após a empresa ter reportado lucro líquido de R$ 29 milhões em agosto deste ano.

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A IRBR3 está em baixa de 7,62% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,66%.

Carrefour (CRFB3): -6,16%, R$ 7,01

Outro destaque de queda foi o Carrefour (CRFB3), que cedeu 6,16% a R$ 7,01, pressionado pelo avanço dos juros futuros, que tende a pressionar ações de varejistas.

A CRFB3 está em baixa de 24,22% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 43,69%.

Hypera (HYPE3): -5,55%, R$ 26,2

Para completar a lista de maiores quedas do Ibovespa hoje, figuraram as ações da Hypera (HYPE3), que cederam 5,55% a R$ 26,2. O papel passou por for volatilidade nesta semana, enquanto investidores monitoraram a proposta da NC Farma Participações (EMS) por uma combinação de negócios.

A HYPE3 está em baixa de 0,11% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,82%.

*Com Estadão Conteúdo

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