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- O Ibovespa hoje em baixa de 0,41% aos 134.353,48 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.010,55 pontos e mínima a 134.171,30 pontos, com volume negociado de R$ 22,5 bilhões
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), IRB (IRBR3) e Carrefour (CRFB3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram 3R Petroleum (RRRP3), Prio (PRIO3) e Pão de Açúcar (PCAR3)
O Ibovespa hoje emendou a quarta sessão de queda seguida desde que renovou seu recorde histórico de fechamento no dia 28 de agosto. Nesta terça-feira (3), a principal referência da B3 terminou o pregão em baixa de 0,41% aos 134.353,48 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.010,55 pontos e mínima a 134.171,30 pontos, com volume negociado de R$ 22,5 bilhões.
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A agenda diária foi movimentada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Por lá, os índices acionários também mostraram perdas: Nasdaq cedeu 3,26%, enquanto Dow Jones e S&P 500 recuaram 1,50% e 2,11%, respectivamente. Dados econômicos mais fracos que o esperado desencadearam uma reação forte dos investidores nesta semana de espera pelo indicador oficial do mercado de trabalho americano (payroll), previsto para sair na sexta-feira (6).
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país atingiu 47,9 em agosto, de 49,6 em julho, segundo pesquisa final divulgada pela S&P Global. O resultado ficou levemente abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que esperavam 48. Os investimentos em construção nos Estados Unidos também vieram aquém do previsto: os dados recuaram 0,3% em julho ante junho, enquanto analistas ouvidos pela FactSet estimavam alta de 0,2% no período.
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No Brasil, o destaque foi a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que cresceu 1,4% frente aos três primeiros meses de 2024, perto do teto das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que variavam de 0,4% a 1,6%, com mediana em 0,9%. “Apesar de serem dados positivos, não foram suficientes para manter o Ibovespa no azul devido ao pessimismo internacional”, afirma Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me Banco.
Já na visão de André Colares, CEO da Smart House Investments, embora a expectativa de continuidade do crescimento econômico possa impulsionar o Ibovespa, o PIB mais forte que o esperado deve mexer com as decisões de juros locais. “A alta inflação e as incertezas fiscais internas mantêm os investidores atentos à política monetária, que poderá sofrer ajustes caso o cenário externo se deteriore ou a inflação continue a pressionar”, diz.
Na Bolsa brasileira, ações de grande peso sofreram, refletindo a queda das commodities no exterior. Os papéis da Vale (VALE3) registraram queda de 3,73%, após o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para janeiro de 2025, fechar em desvalorização de 4,74%, cotado a 703,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,83.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também se saíram mal, em meio ao recuo dos contratos futuros de petróleo, após os dados do PMI industrial renovarem temores sobre a economia americana. Enquanto as ações preferenciais da petroleira (PETR4) cederam 1,21%, as ordinárias (PETR3) recuaram 1,05% no pregão.
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A queda do Ibovespa só não foi maior em função dos ganhos do setor financeiro e das ações cíclicas, favorecidas pelo PIB robusto do segundo trimestre e pela desinclinação da curva de juros. Os papéis preferenciais do Bradesco (BBDC4) e do Itaú (ITUB4) foram os principais destaques entre os bancos, com ganhos de 1,46% e 1,62%, respectivamente.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), IRB (IRBR3) e Carrefour (CRFB3).
Azul (AZUL4): +10,2%, R$ 4,86
As ações da Azul (AZUL4) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira, finalizando a sessão em alta de 10,2% a R$ 4,86. Os papéis da aérea passaram por um movimento de recuperação após terem registrado seis quedas seguidas, enquanto investidores avaliam a situação financeira da companhia.
Para escapar de um pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos, equivalente à recuperação judicial no Brasil, a empresa tem procurado alternativas. O Broadcast apurou que tanto uma oferta de títulos de dívida no exterior (bonds) quanto uma emissão de ações são considerados neste momento, enquanto, paralelamente, a Azul conversa com os arrendadores de aeronaves e se prepara para discutir cenários com os detentores de títulos de dívida (bondholders).
A AZUL4 está em baixa de 9,83% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 69,64%.
IRB (IRBR3): +5,35%, R$ 51,96
Quem também se saiu bem foi o IRB (IRBR3), que subiu 5,35% a R$ 51,96. Ao Broadcast, Gustavo Bertotti, head de renda variável da Fami Capital, apontou que os papéis têm acumulado uma valorização expressiva desde os balanços da companhia no segundo trimestre, que agradaram o mercado.
A IRBR3 está em alta de 7,4% no mês. No ano, acumula uma valorização de 17,29%.
Carrefour (CRFB3): +3,59%, R$ 9,23
Entre as principais altas do índice, estiveram ainda as ações do Carrefour (CRFB3), que terminaram o dia em valorização de 3,59% sendo negociadas a R$ 9,23. “Os números do PIB no Brasil vieram bem fortes, mostrando que a atividade continua bastante resiliente, então os papéis mais domésticos performaram muito bem”, afirmou Rafael Passos, sócio e analista da Ajax Asset, ao Broadcast.
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A CRFB3 está em alta de 2,9% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,86%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram 3R Petroleum (RRRP3), Prio (PRIO3) e Pão de Açúcar (PCAR3).
3R Petroleum (RRRP3): -5,28%, R$ 25,47
As ações da 3R Petroleum (RRRP3) sofreram a principal queda do Ibovespa hoje, encerrando o dia em baixa de 5,28% a R$ 25,47. Os papéis foram penalizados pelo recuo dos contratos futuros de petróleo, que recuaram mais de 4% após os dados do PMI industrial americano.
A RRRP3 está em baixa de 3,41% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 1,93%.
Prio (PRIO3): -5,16%, R$ 44,3
Outra petroleira que se saiu mal foi a Prio (PRIO3). Os papéis da empresa terminaram a sessão em queda de 5,16% a R$ 44,3, também pressionados pelo tombo do petróleo. Mais detalhes sobre o desempenho diário da commodity podem ser conferidos nesta reportagem.
A PRIO3 está em baixa de 5,42% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 3,8%.
Pão de Açúcar (PCAR3): -4,21%, R$ 2,96
Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, também estiveram as ações do Pão de Açúcar (PCAR3), que fecharam em queda de 4,21% cotados a R$ 2,96. Nenhuma notícia sobre a empresa, no entanto, foi monitorada pelos investidores na sessão.
A PCAR3 está em baixa de 5,43% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 27,09%.
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*Com Estadão Conteúdo