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- O Ibovespa hoje fechou em baixa de 0,20%, aos 127.395,10 pontos, após oscilar entre máxima a 128.761,54 pontos e mínima a 127.149,63 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Telefônica Brasil (VIVT3), Weg (WEGE3) e Marfrig (MRFG3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Dexco (DXCO3), Embraer (EMBR3) e Cogna (COGN3)
O Ibovespa hoje encerrou o pregão em queda, começando o mês de agosto com o “pé esquerdo”. Diante da pressão do câmbio e do sentimento de aversão ao risco global, a principal referência da B3 terminou a sessão desta quinta-feira (1°) em baixa de 0,20%, aos 127.395,10 pontos, após oscilar entre máxima a 128.761,54 pontos e mínima a 127.149,63 pontos, com volume negociado de R$ 23,9 bilhões.
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A aversão global que prevaleceu nesta quinta-feira colocou o ouro, ativo buscado em momentos de risco econômico, no maior nível histórico intradia na Comex, de Nova York, a US$ 2.506,60 por onça-troy. “Em contexto de maior aversão a risco, o ouro, um típico ativo defensivo, fechou em alta, com o reforço da demanda por proteção ante os conflitos geopolíticos no Oriente Médio e as preocupações com o crescimento global”, pontua Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
O dólar, por sua vez, fechou o pregão em alta de 1,41% cotado a R$ 5,7349 – o maior nível desde 21 de dezembro de 2021 e o maior patamar da moeda americana registrado em todo o governo Lula, iniciado no primeiro dia de 2023. O real e outras moedas latinas sofreram com a onda de aversão global ao risco deflagrada pelo agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
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De acordo com informações da Reuters, autoridades iranianas se reunirão com representantes de seus aliados regionais do Líbano, Iraque e Iêmen para discutir possíveis retaliações contra Israel após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. O palestino de 62 anos estava no país persa para participar da posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian.
Contaminadas pelo aumento da percepção de risco, as Bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta quinta-feira, com dados econômicos também no radar. Nasdaq recuou 2,3%, enquanto Dow Jones e S&P 500 tiveram perdas de 1,21% e 1,37%, respectivamente. O avanço nos pedidos de auxílio-desemprego e a queda em duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI) ajudaram a consolidar a aposta de que o Federal Reserve (Fed) cortará juros neste ano, mas geraram preocupação de que a maior economia do planeta entre em recessão.
O mau humor no exterior penalizou a Bolsa brasileira, enquanto investidores digeriam a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Na noite de quarta-feira (31), a autoridade monetária manteve a Selic no patamar de 10,5% ao ano, conforme esperado pelos investidores. “O comunicado foi duro, mas inteligente, reconhecendo a deterioração das expectativas, a piora do quadro fiscal e a depreciação do câmbio. O Copom ainda vê um cenário de desinflação, ou seja, espera que a inflação continue a cair, e aponta que os riscos exigem uma política monetária apertada por mais tempo”, afirma Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Telefônica Brasil (VIVT3), Weg (WEGE3) e Marfrig (MRFG3).
Telefônica Brasil (VIVT3): 4,31%, R$ 50,6
As ações da Telefônica Brasil (VIVT3) registraram a principal alta do Ibovespa nesta quinta-feira e encerraram a sessão em alta de 4,31% a R$ 50,6. No segundo trimestre, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,222 bilhão, um crescimento de 8,9% em relação ao mesmo período de 2023.
“A empresa reportou um resultado consistente e, em meio a dúvidas que pairam sobre o mercado de maneira geral, traz a expectativa de uma excelente distribuição de dividendos”, afirma Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.
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A VIVT3 está em alta de 4,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 2,05%.
Weg (WEGE3): 4,3%, R$ 52,84
Outro papel que se saiu bem foi a Weg (WEGE3), que subiu 4,3% a R$ 52,84. Na véspera, os ativos chegaram a liderar os ganhos do Ibovespa o pregão, após o balanço do segundo trimestre de 2024 animar o mercado. No período, a companhia reportou lucro líquido de R$ 1,44 bilhão, avanço de 5,4% em relação ao observado no mesmo intervalo de 2023.
A WEGE3 está em alta de 4,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 44,73%.
Marfrig (MRFG3): 3,71%, R$ 11,73
Entre os destaques positivos da sessão, estiveram ainda os papéis da Marfrig (MRFG3), que fecharam em valorização de 3,71% a R$ 11,73. A empresa carrega boas perspectivas para os resultados do segundo trimestre, que devem ser divulgados no dia 14 de agosto.
A MRFG3 está em alta de 3,71% no mês. No ano, acumula uma valorização de 20,93%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Dexco (DXCO3), Embraer (EMBR3) e Cogna (COGN3).
Dexco (DXCO3): -4,38%, R$ 6,99
As ações da Dexco (DXCO3) registraram a principal queda do Ibovespa nesta quinta-feira. Os papéis da companhia encerraram o dia em baixa de 4,38% a R$ 6,99, sentindo o peso da primeira prévia do Ibovespa, que exclui os ativos da carteira teórica, no período de setembro a dezembro. Até o fim do mês, a B3 divulga mais duas prévias.
A DXCO3 está em baixa de 4,38% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 12,62%.
Embraer (EMBR3): -4,09%, R$ 42,02
Quem também sofreu no pregão foi a Embraer (EMBR3), recuando 4,09% a R$ 42,02, em movimento de realização de lucros, após os ganhos recentes. No ano, as ações da empresa já acumulam ganhos de 87,81%.
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A EMBR3 está em baixa de 4,09% no mês. No ano, acumula uma valorização de 87,67%.
Cogna (COGN3): -3,95%, R$ 1,46
Outro destaque positivo do Ibovespa hoje foi a Cogna (COGN3), que terminou o dia em baixa de 3,95% a R$ 1,46. Nenhuma notícia específica sobre a empresa, no entanto, esteve no radar dos investidores.
A COGN3 está em baixa de 3,95% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 58,17%.
*Com Estadão Conteúdo