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O Ibovespa hoje fechou em queda, contaminado pelo desempenho negativo das ações de grandes bancos. O principal índice da B3 encerrou esta quinta-feira (24) em baixa de 1,15% aos 133.807,59 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.362,58 pontos e mínima a 133.647,84 pontos. O volume negociado foi de R$ 15,7 bilhões.
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Dentre as ações do Ibovespa, os papéis de bancos recuaram, com destaque para o BTG Pactual (BPAC11), que cedeu 2,30%, enquanto Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) tiveram perdas de 0,93%, 0,45% e 0,69%, respectivamente. Os ativos preferenciais do Bradesco (BBDC4) subiram 1,26% e os ordinários (BBDC3) avançaram 1,03%.
O dia também foi negativo para as ações da Vale (VALE3), que fecharam em queda de 1,55%, acompanhando a desvalorização do minério de ferro na Bolsa chinesa de Dalian. Os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), por sua vez, terminaram mistos: os ordinários (PETR3) tiveram alta de 0,11% e os preferenciais (PETR4) recuaram 0,16%.
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Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, explica que o IBOV tem sofrido com as expectativas em torno da taxação americana sobre os produtos brasileiros. “Com a iminente taxação de 50% dos EUA sobre o Brasil, uma medida que envolve mais questões políticas do que comerciais, o risco de manter posições na Bolsa brasileira aumenta consideravelmente”, diz.
“Isso, na minha visão, tem levado investidores que carregam posição há mais tempo a iniciarem movimentos de realização de lucros, inclusive com o objetivo de fazer caixa para eventuais oportunidades, caso ocorra uma correção mais acentuada em meio à guerra político-comercial que atravessamos”, acrescenta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o plano de contingência elaborado pelo governo para responder às tarifas impostas pelos EUA está concluído e será submetido à análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, o documento reúne “medidas de todo gosto”, incluindo a possibilidade de abertura de linhas de crédito em apoio às empresas afetadas.
Para Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, a falta de novidades concretas sobre a questão tem preocupado os investidores. “O tarifaço do Trump segue sem novidades. À medida que nos aproximamos de 1º de agosto – data em que as tarifas entram em vigor –, sem sinais de progresso nas negociações, o mercado tende a ficar mais nervoso e pessimista”, diz.
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Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq subiram 0,07% e 0,18%, respectivamente, com novos recordes históricos de encerramento, enquanto Dow Jones caiu 0,7%. No noticiário corporativo, o destaque ficou com a Alphabet (GOOGL), controladora do Google, que teve lucro líquido de US$ 28,2 bilhões no segundo trimestre, acima dos US$ 23,6 bilhões do mesmo período do ano anterior, impulsionada pelo crescimento em sua divisão de nuvem e inteligência artificial. As ações da empresa subiram 1,02%.
O dólar hoje fechou em queda de 0,06% cotado a R$ 5,5199. Globalmente, o índice DXY, que compara a moeda americana com seis moedas fortes, fechou em alta de 0,17% aos 97,377 pontos. “Além da temporada de resultados e da resolução tarifária, o foco do mercado também se volta para o confronto entre o Trump e o Federal Reserve (Fed), que levanta preocupações com a potencial intensificação da pressão contra o presidente Jerome Powell“, afirma Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.
As três ações que mais valorizaram no dia foram GPA (PCAR3), Petz (PETZ3) e Vibra (VBBR3).
As ações do GPA (PCAR3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e subiram 1,45% a R$ 3,49.
A PCAR3 está em alta de 13,31% no mês. No ano, acumula uma valorização de 36,86%.
Quem também se saiu bem foi a Petz (PETZ3), que avançou 1% a R$ 4,03.
A PETZ3 está em alta de 3,07% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 0,98%.
Completando os destaques positivos, estiveram os papéis da Vibra (VBBR3), que fecharam com ganho de 0,74% cotados a R$ 20,36.
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A VBBR3 está em baixa de 6% no mês. No ano, acumula uma valorização de 19,13%.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Weg (WEGE3), Embraer (EMBR3) e Cyrela (CYRE3).
As ações da Weg (WEGE3) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e recuaram 4,68% a R$ 36,23, estendendo as perdas da sessão anterior, quando já haviam tombado 8,01%, após os resultados do segundo trimestre decepcionarem o mercado. Este foi o quarto pregão consecutivo de baixa do papel.
A WEGE3 está em baixa de 15,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,67%.
Entre os destaques negativos, estiveram ainda as ações da Embraer (EMBR3), que terminaram o dia em baixa de 3,89% sendo negociadas a R$ 65,8, com o temor em relação aos efeitos da tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil.
A EMBR3 está em baixa de 14,56% no mês. No ano, acumula uma valorização de 17,23%.
Na lista de principais baixas do Ibovespa hoje, figuraram também as ações da Cyrela (CYRE3), que cederam 3,86% a R$ 24,94. Ao Broadcast, o head de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, pontuou que o setor de construção acumulou fortes altas no primeiro semestre e que agora passa por uma realização de lucros.
A CYRE3 está em baixa de 4,59% no mês. No ano, acumula uma valorização de 53,57%.
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*Com Estadão Conteúdo
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