Na agenda de dados, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,53% em julho, na comparação com junho e na série com ajuste sazonal. O indicador é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No mês anterior, o índice havia cedido 0,25%. O resultado de julho ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para uma queda de 0,30%. As estimativas do mercado iam de baixa de 0,80% à alta de 0,90%.
Já o Boletim Focus trouxe mais uma revisão das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, que caiu de 4,85% para 4,83%. A taxa está 0,33 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. A projeção para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela 12ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 30 de julho.
No mercado hoje, os papéis da Eletrobras (ELET3;ELET6) se destacaram positivamente, após o Itaú BBA elevar o preço-alvo das ações ordinárias da elétrica para R$ 63,30 ao fim de 2026 – acima dos R$ 54,90 estimados para 2025 –, reiterando recomendação de outperform (equivalente à compra). Enquanto os ativos ELET3 dispararam 3,02%, os ELET6 avançaram 2,89%.
Entre as ações de grande peso do Ibovespa, os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) fecharam em alta: enquanto os ordinários (PETR3) subiram 1,45%, os preferenciais (PETR4) tiveram valorização de 0,87%. A Vale (VALE3), por sua vez, registrou ganho de 0,88%.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,47%, 0,11% e 0,94%, respectivamente. A Tesla (TSLA) subiu 3,6% após o CEO da companhia, Elon Musk, assumir mais 2,5 milhões de ações da montadora de veículos elétricos na sexta-feira (12), por cerca de US$ 1 bilhão, segundo comunicado regulatório divulgado nesta segunda-feira.
O dólar hoje fechou em queda de 0,61% a R$ 5,3217. Esse foi o menor valor de encerramento desde 6 de junho de 2024, então a R$ 5,2508. O movimento acompanhou a desvalorização global da moeda americana, com o índice DXY, que mede o dólar em relação a seis divisas fortes, fechando em baixa de 0,25%, aos 97,302 pontos.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Yduqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3).
Magazine Luiza (MGLU3): 7,41%, R$ 10,58
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e dispararam 7,41% a R$ 10,58, com o recuo dos juros futuros na sessão, o que beneficia empresas cíclicas, mais sensíveis aos ciclos econômicos.
A MGLU3 está em alta de 29,18% no mês. No ano, acumula uma valorização de 67,67%.
Yduqs (YDUQ3): 6,72%, R$ 13,98
O dia também foi positivo para as empresas do setor de educação. A Yduqs (YDUQ3) subiu 6,72% a R$ 13,98.
A YDUQ3 está em alta de 6,31% no mês. No ano, acumula uma valorização de 70,07%.
Cogna (COGN3): 4,45%, R$ 3,05
Já a Cogna (COGN3), terceira maior alta do dia, registrou valorização de 4,45% a R$ 3,05.
A COGN3 está em alta de 4,45% no mês. No ano, acumula uma valorização de 187,74%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram RD Saúde (RADL3), Minerva (BEEF3) e Banco do Brasil (BBAS3).
RD Saúde (RADL3): -3,93%, R$ 17,35
As ações da RD Saúde (RADL3) sofreram a principal queda do Ibovespa hoje e tombaram 3,93% a R$ 17,35, corrigindo os ganhos alcançados na sexta-feira (12), quando subiram 2,85% e lideraram as altas do índice da B3.
A RADL3 está em baixa de 1,14% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 20,3%.
Minerva (BEEF3): -2,56%, R$ 6,47
Quem também se saiu mal foi a Minerva (BEEF3), que cedeu 2,56% a R$ 6,47, após ter avançado 2,47% na última sessão.
A BEEF3 está em alta de 7,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 57,04%.
Banco do Brasil (BBAS3): -2,2%, R$ 21,82
Na lista de principais baixas do Ibovespa hoje, estiveram ainda as ações do Banco do Brasil (BBAS3), que fecharam em queda de 2,2% a R$ 21,82. A empresa anunciou o resgate integral de seus títulos subordinados de nível I emitidos em 2013, totalizando US$ 1,7236 bilhões, com cupom de 8,748%.
Para a Ativa Investimentos, com a medida, não existem impactos aos dividendos no curto prazo, a estrutura de capital continua preservada e há potencial de melhoria do Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) no médio prazo, dada a menor despesa financeira com capital regulatório.
A BBAS3 está em alta de 2,01% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,11%.
*Com Estadão Conteúdo