

Publicidade
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O grande destaque do dia foi o payroll (relatório oficial de emprego dos Estados Unidos), que mostrou a criação de 22 mil empregos em agosto, em termos líquidos, segundo relatório publicado pelo Departamento do Trabalho americano. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam geração de 0 a 104 mil vagas, com mediana de 76 mil.
O resultado ampliou as expectativas por corte de juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Federal Reserve (Fed). O consenso ainda aponta para uma redução de 25 pontos-base, embora parte do mercado comece a considerar a possibilidade de um corte mais agressivo de 50 pontos, ainda que com menor probabilidade.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Juros mais baixos nos EUA favorecem a entrada de capital em países emergentes com taxas mais elevadas, fortalecendo a moeda local e abrindo espaço para juros mais baixos no médio e longo prazo”, explica Gustavo Saula, analista de renda fixa da SWM.
No IBOV, o dia foi positivo para as ações de grandes bancos. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) avançaram 3,57%, enquanto os ordinários do Bradesco (BBDC3) subiram 2,22% e os preferenciais (BBDC4), 2,44%. Já Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) apresentaram ganhos de 1,11% e 3,55%, respectivamente. BTG Pactual (BPAC11) teve alta de 1,92%.
“Localmente, pesou a leitura de que o reforço regulatório do Banco Central (BC) ao sistema financeiro e a discussão sobre fintechs podem reduzir incertezas concorrenciais no médio prazo. O mercado hoje também deixou de lado o risco de novas sanções por Donald Trump e seguiu o fluxo externo”, afirma Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.
Nesta sexta-feira, o BC anunciou uma medida que limita em R$ 15 mil o valor de Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Pix para instituições de pagamento não autorizadas e para as que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Confira os detalhes aqui.
Publicidade
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq caíram 0,32% e 0,03%, respectivamente, enquanto o Dow Jones cedeu 0,48%. As ações dos bancos caíram em bloco, com o setor financeiro puxando boa parte das perdas dentre os setores do S&P 500. O Morgan Stanley (MS) cedeu 1,59%, o Citi (C) recuou 1,70%, o JPMorgan (JPM) perdeu 3,11% e o Goldman Sachs (GS) teve baixa de 1,43%.
O dólar hoje fechou em queda de 0,63% cotado a R$ 5,4124. O movimento acompanhou os dados do payroll. “Esse cenário derrubou as taxas dos Treasuries (títulos públicos americanos), ampliou o diferencial de juros com emergentes e estimulou a busca por moedas e ativos de maior rendimento”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
As três ações que mais valorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Ultrapar (UGPA3) e CVC (CVCB3).
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje e dispararam 7,17% a R$ 9,27. O papel cíclico, mais sensível aos ciclos econômicos, beneficiou-se do recuo dos juros futuros na sessão.
A MGLU3 está em alta de 13,19% no mês. No ano, acumula uma valorização de 46,91%.
Outro destaque positivo foi a Ultrapar (UGPA3), que avançou 6,59% a R$ 21,04. O BTG Pactual elevou a recomendação para o papel da empresa para compra diante do sólido momento operacional, ponto de entrada atrativo e rápida desalavancagem.
A UGPA3 está em alta de 7,02% no mês. No ano, acumula uma valorização de 38,69%.
Quem também se saiu bem foi a CVC (CVCB3), que saltou 4,23% a R$ 2,22, beneficiada pela queda dos juros futuros.
Publicidade
A CVCB3 está em alta de 4,23% no mês. No ano, acumula uma valorização de 60,87%.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Brava Energia (BRAV3), Petrobras (PETR3) e Prio (PRIO3).
As ações da Brava Energia (BRAV3) lideraram as perdas do Ibovespa pela terceira sessão consecutiva e tombaram 3,42% a R$ 18,33. O dia foi de queda para os contratos futuros de petróleo no exterior.
A BRAV3 está em baixa de 8,58% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 22,07%.
Na lista de baixas, também estiveram as ações ordinárias da Petrobras (PETR3), que sofreram perdas de 2,26% a R$ 32,9. Apenas neste pregão, a estatal perdeu quase R$ 8 bilhões em valor de mercado, totalizando R$ 412,07 bilhões.
A PETR3 está em baixa de 2,52% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,94%.
Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, figuraram ainda as ações da Prio (PRIO3), que fecharam em queda de 2,06% a R$ 36,55, também pressionadas pelo desempenho do petróleo.
A PRIO3 está em baixa de 3,49% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 8,97%.
Publicidade
*Com Estadão Conteúdo
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador