Por volta das 11h, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira subia 0,31%, aos 139.622,79 pontos, ante elevação de 0,41%, na máxima aos 139.753,63 pontos. Em evento em São Paulo, Galípolo disse que a desancoragem das expectativas justifica a manutenção dos juros em terreno restritivo por período mais prolongado do que o normal. O sinal de responsabilidade com a convergência da inflação à meta foi bem recebido. Ele disse que não há qualquer debate sobre mudança da meta de inflação. “Está se mostrando cada vez mais técnico, sem interferências políticas. Isso é positivo”, diz o estrategista chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.
Já as Bolsas de Nova York tinham queda. Por volta das 11h, o Dow Jones futuro recuava 0,03%, o S&P 500 caía 0,47% e o Nasdaq apresentava baixa de 0,67%. O cenário negativo nos EUA é desenhado enquanto investidores digerem o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s de ‘Aaa’ para ‘Aa1’.
Segundo informações do Broadcast, o fato deve aumentar a pressão para o país cortar gastos em meio à votação do orçamento proposto pelo governo de Donald Trump. Por outro lado, o movimento pode ampliar os impactos da guerra comercial no mercado de Treasuries (títulos de dívida pública americana), levando investidores globais a exigirem mais prêmio para financiar a dívida da maior economia do mundo.
Ao perder o status ‘AAA’ pela Moody’s, os Estados Unidos deixam um seleto grupo que inclui a União Europeia, Canadá e Alemanha, juntando-se a países como Áustria e Finlândia, que também são classificados com ‘Aa1’ pela agência. A S&P Global Ratings puxou a fila do movimento, rebaixando os EUA em 2011, e foi seguida pela Fitch Ratings, em 2023. Outro ponto é que investidores aguardam dados da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro, além de comentários de uma série de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Gripe aviária e panorama corporativo pesam no Ibovespa hoje
No Brasil, a gripe aviária pode causar turbulência nos mercados após o Japão confirmar que vai suspender as importações de aves vivas do Rio Grande do Sul. O surgimento de casos de gripe aviária no Brasil causou uma debandada na compra de aves brasileiras por diversos países, como China, Argentina, Uruguai, México, Chile e União Europeia (UE). Nesta reportagem, analistas ouvidos pelo E-Investidor comentam quais empresas podem ser impactadas por essa barreira.
As ações dos frigoríficos operam com sinais invertidos e tocando extremos. JBS sobe 2,90%, a maior alta do Ibovespa, enquanto Marfrig cai 5,66%, a maior queda do índice, que sobe 0,23%, aos 139.502 pontos. Minerva também sobe 2,5%, enquanto BRF opera com leve baixa de 0,05%. Segundo operadores, Marfrig sofre com o cenário de gripe aviária no País, enquanto JBS se beneficia de relatório favorável do JPMorgan.
Ainda no cenário corporativo, o investidor deve ficar atento à Azul (AZUL4), que respondeu ao questionamento da B3 se poderia entrar em recuperação judicial nos EUA, dizendo que “monitora alternativas”. Os papéis da companhia recuam 2,7% nesta segunda-feira. Atenção também para a Motiva (MOTV3), que contratou assessores para a venda de seus aeroportos e a Light (LIGT3), que iniciou um programa de recompra de ações.
Bolsas europeias caem com pessimismo global, que pode refletir no Ibovespa hoje
As bolsas europeias operam em baixa nesta segunda-feira, após acumularem ganhos na última semana, à medida que investidores avaliam o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s, dados fracos do varejo chinês e cortes nas projeções de crescimento da zona do euro.
Por volta das 11h (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,62%, a 545,86 pontos. Hoje, a União Europeia cortou previsões de avanço do PIB da zona do euro para este e o próximo ano, citando preocupações com o impacto das tarifas impostas pelo governo Trump.
A UE também reduziu sua projeção para a inflação do bloco em 2026, de 1,9% a 1,7%, nível consideravelmente abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Mais cedo, a Eurostat confirmou que a taxa anual do CPI da zona do euro se manteve em 2,2% em abril.
Por volta das 10h (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,66%, a de Paris recuava 0,74% e a de Frankfurt subia 0,05%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,61%, 0,18% e 0,72%, respectivamente.
Mercados asiáticos recuam com dados da economia chinesa
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, à medida que investidores digeriram dados mistos de indústria e varejo da China e o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Taiex caiu 1,46% em Taiwan, a 21.523,83 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,89% em Seul, a 2.603,42 pontos, o japonês Nikkei cedeu 0,68% em Tóquio, a 37.498,63 pontos, e o Hang Seng teve perda marginal de 0,05% em Hong Kong, a 23.332,72 pontos.
Na China continental, o índice Xangai Composto ficou estável, em 3.367,58 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,33%, a 1.993,14 pontos.
A última rodada de indicadores chineses evidenciou que a produção industrial cresceu mais do que o esperado em abril, mas as vendas no varejo avançaram em ritmo mais lento do que o previsto.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia e ficou no vermelho, interrompendo uma sequência de oito pregões de ganhos. O S&P/ASX 200 caiu 0,58% em Sydney, a 8.295,10 pontos. Para mais informações sobre o Ibovespa hoje, clique aqui.
*Com informações do Broadcast