O Ibovespa é o principal índice da B3. (Foto: Divulgação/B3)
O Ibovespa hoje encerrou em queda, em dia de liquidez reunida, com os mercados fechados nos Estados Unidos pelo feriado do Dia do Trabalho. Nesta segunda-feira (1º), o principal índice da B3 terminou o pregão em baixa de 0,1% aos 141.283,01 pontos, depois de oscilar entre máxima a 141.949,94 pontos e mínima a 140.878,30 pontos. O volume negociado foi de R$ 12 bilhões, bem abaixo do patamar de R$ 20 bilhões que costuma ser observado.
“Hoje o dia não trouxe grandes novidades. Por aqui, faltou evento para sustentar uma alta do Ibovespa“, afirma Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
Na agenda doméstica, a mediana do Boletim Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 4,86% para 4,85%, a 14ª baixa seguida. A taxa está 0,35 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,5%. Já a projeção para a Selic no fim deste ano permaneceu em 15% pela 10ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na sua mais recente decisão, no dia 30 de julho.
Nesta segunda-feira, estreou a nova carteira do Ibovespa, que vai vigorar até 2 de janeiro de 2026 e conta com 84 papéis de 81 empresas brasileiras. Entraram Cury (CURY3) e C&A Modas (CEAB3), enquanto São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3) saíram do índice.
O dólar hoje fechou em alta de 0,33% cotado a R$ 5,4401. Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o movimento foi influenciado por fatores técnicos e pelo ambiente de baixa liquidez decorrente do feriado nos Estados Unidos. “A valorização ocorre após forte queda da moeda americana no mês anterior e reflete também a pressão da queda das commodities na sessão de hoje, em especial do minério de ferro”, afirma.
Na semana, o mercado aguarda os próximos indicadores, com destaque para o payroll (relatório oficial de emprego) nos EUA, que poderá definir expectativas sobre cortes de juros ainda em setembro. O dado será divulgado na sexta-feira (5). Confira aqui a agenda econômica dos próximos dias.
As ações da Raízen (RAIZ4) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje e dispararam 5,98% a R$ 1,24, ainda na perspectiva de desinvestimentos para reduzir a alavancagem da empresa e diante do cerco ao comércio ilegal de combustível, após a deflagração da Operação Carbono Oculto, na última semana.
A RAIZ4 está em alta de 5,98% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 42,59%.
Cosan (CSAN3): 3,42%, R$ 6,05
Acompanhando o movimento da Raízen, as ações da Cosan (CSAN3) também se destacaram positivamente e avançaram 3,42% a R$ 6,05.
A CSAN3 está em alta de 3,42% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,86%.
Fleury (FLRY3): 3,22%, R$ 15,37
Completando a lista de altas, estiveram ainda os papéis do Fleury (FLRY3), que registraram ganhos de 3,22%, encerrando o pregão cotados a R$ 15,37.
A FLRY3 está em alta de 3,22% no mês. No ano, acumula uma valorização de 35,18%.
As ações da Auren (AURE3) sofreram a pior queda do Ibovespa e recuaram 3,04% a R$ 10,53.
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A AURE3 está em baixa de 3,04% no mês. No ano, acumula uma valorização de 20,9%.
Vamos (VAMO3): -3%, R$ 4,2
Entre as principais baixas, os papéis da Vamos (VAMO3) sofreram perdas de 3% e encerraram o pregão sendo negociados a R$ 4,2. Na última semana, os ativos da empresa dispararam 12,18%, entre as maiores altas do índice da B3 no período.
A VAMO3 está em baixa de 3% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 11,58%.
Braskem (BRKM5): -2,88%, R$ 9,1
Na lista de destaques negativos do Ibovespa hoje, figuraram ainda as ações da Braskem (BRKM5), que recuaram 2,88% a R$ 9,1.
A BRKM5 está em baixa de 2,88% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 21,42%. *Com Estadão Conteúdo