- O Ibovespa hoje conseguiu registrar valorização de 0,26%, aos 129.450,32 pontos, após oscilar entre máxima a 129.657,77 pontos e mínima a 128.741,45 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Usiminas (USIM5), Ultrapar (UGPA3) e Cemig (CMIG4)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Assai (ASAI3) e Hapvida (HAPV3)
O Ibovespa hoje retomou o sinal positivo, após interromper a série de onze altas seguidas na terça-feira (16), quando fechou em leve queda de 0,16%. Mesmo com a baixa dos índices S&P 500 e Nasdaq nos Estados Unidos, a principal referência da B3 conseguiu registrar valorização de 0,26%, aos 129.450,32 pontos, após oscilar entre máxima a 129.657,77 pontos e mínima a 128.741,45 pontos, com volume negociado de R$ 35,4 bilhões.
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Na Bolsa brasileira, o dia foi de ganhos bem distribuídos pelas ações de maior peso e liquidez, com exceção dos papéis da Vale (VALE3), que sentiram a queda de 2,66% do minério de ferro na Bolsa de Dalian, na China. Além disso, investidores reagiram aos dados de produção e vendas da mineradora do segundo trimestre deste ano. Para analistas, os resultados vieram mistos, mas companhia ainda deve enfrentar desafios operacionais e de mercado.
Com a alta dos contratos futuros de petróleo, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) conseguiram se sair bem e colaborar para o desempenho positivo do Ibovespa. A commodity avançou após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informar que os estoques de petróleo no país tiveram queda de 4,87 milhões de barris na semana passada.
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A sessão também foi favorável para empresas exportadoras, devido à alta do dólar. A moeda americana fechou o dia em valorização de 1% a R$ 5,4838. Pesaram sobre o mercado de câmbio as incertezas sobre a política monetária do Japão e a cautela com o cenário político e econômico dos Estados Unidos.
No exterior, o vice-ministro das Finanças para Assuntos Internacionais do Japão, Masato Kanda, alertou nesta quarta-feira que “não há limites” para intervenções no mercado de câmbio, caso o governo considere a oscilação do iene excessiva. As declarações foram dadas em entrevista ao veículo Kyodo News.
Já nos Estados Unidos, Nasdaq e S&P 500 tiveram perdas de 2,77% e 1,39%, respectivamente, em sessão negativa para o setor de tecnologia, em a preocupações de que os Estados Unidos adotem restrições comerciais para evitar o acesso da China à tecnologia avançada de chips. Os temores atingiram inclusive a gigante Nvidia (NVDA), que encerrou o dia em baixa de 6,64%. Com a pressão da empresa, o Nasdaq registrou a sua pior queda diária desde dezembro de 2022.
Outro destaque do noticiário americano foi a publicação do Livro Bege, um compilado da situação econômica dos doze distritos do Federal Reserve (Fed). Sete distritos registraram aumento na atividade, enquanto cinco tiveram atividade estável ou em declínio. Os salários cresceram modestamente e os preços subiram moderadamente. Já as despesas das famílias permaneceram praticamente inalteradas.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Usiminas (USIM5), Ultrapar (UGPA3) e Cemig (CMIG4).
Usiminas (USIM5): 5,04%, R$ 8,55
As ações da Usiminas (USIM5) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta quarta-feira e encerraram em valorização de 5,04% a R$ 8,55. O movimento ocorreu após a notícia de que a BlackRock aumentou a sua participação acionária na empresa, passando a deter 5,075% do total de ações, o equivalente a 27.799.855 papéis.
A USIM5 está em alta de 8,09% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 4,79%.
Ultrapar (UGPA3): 2,97%, R$ 23,21
Entre as maiores altas do Ibovespa, estiveram também as ações da Ultrapar (UGPA3), que subiram 2,97%, sendo negociadas a R$ 23,21 ao final do pregão. No entanto, nenhuma notícia específica sobre a empresa chegou a ser monitorada pelos investidores durante a sessão.
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A UGPA3 está em alta de 7,45% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 11,21%.
Cemig (CMIG4): 2,85%, R$ 11,18
Outro destaque positivo foi a Cemig (CMIG4), que terminou o dia em valorização de 2,85% sendo negociada a R$ 11,18. O mercado reagiu positivamente à notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu até 1º de agosto o prazo para Minas Gerais aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A nova prorrogação dá mais tempo para o governo mineiro renegociar uma dívida de cerca de R$ 160 bilhões com a União.
Além disso, o movimento torna a privatização da companhia mais factível. “CMIG4 segue a tendência de alta observada recentemente, subindo na sessão conforme o mercado ganha confiança na sua futura privatização”, destaca Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.
A CMIG4 está em alta de 13,04% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,7%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Assai (ASAI3) e Hapvida (HAPV3).
CVC (CVCB3): -5,77%, R$ 1,96
As ações da CVC (CVCB3) registraram a principal queda do Ibovespa e terminaram o dia em baixa de 5,77% a R$ 1,96. Os papéis da empresa foram pressionados pelo avanço dos juros futuros, assim como outras ações sensíveis ao desempenho da economia doméstica, conhecidas como cíclicas.
A CVCB3 está estável no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 44%.
Assai (ASAI3): -3,24%, R$ 10,75
Entre os destaques negativos da sessão, estiveram as ações do Assai (ASAI3), que fecharam em queda de 3,24% cotadas a R$ 10,75. Sem notícias no radar, os papéis da companhia também foram penalizados pela alta dos juros futuros.
A ASAI3 está em alta de 3,97% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 20,55%.
Hapvida (HAPV3): -2,4%, R$ 4,06
Quem também se saiu mal no Ibovespa hoje foram as ações da Hapvida (HAPV3), que encerraram em baixa de 2,4%, sendo negociadas a R$ 4,06. O movimento ocorreu mesmo após a XP Investimentos afirmar, em relatório, que a empresa deve apresentar melhores resultados anuais em 2024.
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A HAPV3 está em alta de 6,01% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 8,76%.
*Com Estadão Conteúdo
