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O Ibovespa hoje fechou em queda, de olho em possíveis negociações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil. Nesta quinta-feira (16), o principal índice da B3 sofreu baixa de 0,28% aos 142.200,02 pontos, depois de oscilar entre máxima a 143.190,59 pontos e mínima a 141.445,76 pontos. O volume negociado foi de R$ 21 bilhões.
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Na agenda do dia, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, subiu 0,40% em agosto, na comparação com julho e na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um aumento de 0,70%. As estimativas do mercado iam de queda de 0,30% a alta de 1,10%.
Para Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, o dado de agosto reforçou a leitura de que a economia brasileira não corre o risco de uma desaceleração acentuada, mas atravessa um período de crescimento mais contido. “A trajetória do segundo semestre seguirá condicionada à política monetária, à confiança dos agentes e ao comportamento do mercado de trabalho, em um ambiente fiscal e externo desafiador”, afirma.
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Na tarde desta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Washington. A conversa durou cerca de uma hora. Segundo o Itamaraty, Vieira deve conceder às 18h (de Brasília) uma declaração breve à imprensa.
“Na minha opinião, existe uma expectativa positiva em relação ao que pode sair dessa reunião quanto a um alívio das taxações. Acredito que esse encontro foi um fator que, de certa forma, ajudou a segurar um pouco a Bolsa, que poderia ter tido uma queda mais acentuada hoje”, avalia Danilo Coelho, economista, especialista em investimentos e MBA em Finanças pela Faculdade Brasileira de Negócios e Finanças (FBNF).
Entre as ações de maior peso para o Ibovespa, a Petrobras (PETR3;PETR4) enfrentou um outro dia de queda: os papéis ordinários (PETR3) recuaram 0,79% e os preferenciais (PETR4), 1,01%, com os contratos futuros de petróleo encerrando no menor valor desde o final de maio. Os ativos da Vale (VALE3), por sua vez, cederam 0,92%, mas ainda assim terminaram o dia acima de R$ 60.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,63%, 0,65% e 0,47%, respectivamente. Os índices foram pressionados durante a tarde após o banco regional Western Alliance divulgar que está processando um dos clientes por fraude, enquanto o Zions Bancorp registrou baixa contábil para cobrir empréstimos ligados a devedores investigados. Em resposta, a ação do Western Alliance despencou 10,81% e a do Zions Bancorp perdeu 13,14%.
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“Essa incerteza gerou um aumento imediato na aversão ao risco global, fazendo com que o Vix (índice do medo de Wall Street) disparasse mais de 20%, refletindo o nervosismo do mercado em relação ao potencial impacto desses calotes em um cenário de endividamento de consumidores e empresas americanas, que lutam para honrar seus compromissos diante de juros elevados”, afirma Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
O dólar hoje fechou em queda de 0,35% cotado a R$ 5,4431, em linha com o índice DXY – indicador que mede a moeda americana em relação a seis divisas relevantes –, que finalizou o pregão em baixa de 0,46% aos 98,336 pontos.
As três ações que mais valorizaram no dia foram Weg (WEGE3), Copel (CPLE6) e Auren (AURE3).
As ações da Weg (WEGE3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e subiram 2,7% a R$ 38,43, refletindo a boa receptividade do mercado à compra de 54% da Tupinambá Energia por R$ 38 milhões.
A WEGE3 está em alta de 5,03% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,93%.
Quem também se saiu bem foi a Copel (CPLE6), que avançou 2,15% a R$ 12,8 no final do pregão.
A CPLE6 está em baixa de 0,62% no mês. No ano, acumula uma valorização de 45,29%.
Na leva de destaques positivos, as ações da Auren (AURE3) fecharam o dia em valorização de 1,99%, sendo negociadas a R$ 10,76.
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A AURE3 está em alta de 4,77% no mês. No ano, acumula uma valorização de 23,54%.
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Magazine Luiza (MGLU3), Braskem (BRKM5) e Cosan (CSAN3).
Os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) sofreram a pior queda do Ibovespa hoje e derreteram 7,97% a R$ 8,2. Com base nos dados da Sensor Tower e da SimilarWeb, que apontam perda de participação das plataformas de e-commerce no mercado brasileiro, domésticas ou não, o Bank of America (BofA) avaliou que os juros elevados e a necessidade de capital intensivo “seguem limitando” o financiamento de empresas como o Magalu. “Esses dados bateram geral no setor”, disse Fábio Lemos, sócio da Fatorial Investimentos, ao Broadcast.
A MGLU3 está em baixa de 14,58% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,95%.
Outro destaque de baixa foi a Braskem (BRKM5), que cedeu 6,67% a R$ 6,3. O Santander rebaixou a recomendação da empresa para underperform (equivalente à venda), com preço-alvo de R$ 7,55.
A BRKM5 está em baixa de 4,11% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 45,6%.
Completando as principais quedas do Ibovespa hoje, as ações da Cosan (CSAN3) sofreram perdas de 4,52% a R$ 5,7.
A CSAN3 está em baixa de 7,62% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,15%.
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*Com Estadão Conteúdo
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