O Ibovespacaiu 2,06% na semana, passando de 136.187,31 pontos para 133.381,58 pontos. Durante o período, os investidores acompanharam o desenrolar das narrativas em torno do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, e a chancela do Supremo Tribunal Federal (STF) ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Também esteve no radar a abertura de investigações americanas contra práticas comerciais brasileiras, inclusive com citação indireta ao Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Agora, os olhares se voltam também para o avanço da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18).
“A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro aumentou a tensão nos mercados. Mas o ponto central não é exatamente a operação em si, e sim o receio do impacto disso nas relações com os Estados Unidos, especialmente considerando o momento delicado com a questão tarifária imposta pelo Trump”, afirma Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq subiram 0,59%, e 1,51%, enquanto Dow Jones caiu -0,07%. O dólar e o euro subiram 0,72% e 0,17% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,59 e R$ 6,49, respectivamente.
As 3 maiores altas da semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram GPA (PCAR3), Petz (PETZ3) e Weg (WEGE3).
GPA (PCAR3): 12,77%, R$ 3,62
As ações do GPA subiram 12,77% na semana, aos R$ 3,62, em meio a notícias de aumento de participação da família Coelho Diniz na empresa.
A PCAR3 está em alta de 17,53% no mês. No ano, acumula uma valorização de 41,96%.
Petz (PETZ3): 8,22%, R$ 3,95
Em meio às expectativas de fusão com a Cobasi, as ações da Petz subiram 8,22% na semana e terminaram o período cotadas a R$ 3,95.
A PETZ3 está em alta de 1,02% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -2,95%.
Weg (WEGE3): 6,59%, R$ 42,37
Mais resiliente às tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump ao Brasil, os papéis da Weg acumularam alta de 6,59% na semana, atingindo R$ 42,37.
A WEGE3 está em baixa de -0,96% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -18,92%.
As 3 maiores baixas da semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Braskem (BRKM5), Usiminas (USIM5) e Ultrapar (UGPA3).
Braskem (BRKM5): -15,16%, R$ 8,28
Os papéis da Braskem afundaram 15,16% na semana, aos R$ 8,28. Uma das notícias que surpreendeu negativamente os investidores foi a abertura de uma nova ação bilionária contra a empresa, em função do afundamento do solo em Maceió (AL).
A BRKM5 está em baixa de -8,71% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -28,5%.
Usiminas (USIM5): -8,62%, R$ 3,92
A abertura de investigação comercial dos EUA contra o Brasil, especialmente no setor de etanol, impactou as ações da Usiminas. O papel cedeu 8,62% na semana e terminou o período cotado a R$ 3,92.
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A USIM5 está em baixa de -4,85% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -26,32%.
Ultrapar (UGPA3): -8,19%, R$ 15,70
A possibilidade da Petrobras voltar a investir em distribuição de combustíveis impactou as ações da Ultrapar, que cederam 8,19% na semana, aos R$ 15,70.
A UGPA3 está em baixa de -10,49% no mês. No ano, acumula uma valorização de 1,75%.